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sábado, 26 de abril de 2008

Pensamentos


Na época do “Berelando...” eu sentia um prazer imenso em produzi-lo. Isso se dava em todas as fases: da escolha das pautas, no desenvolvimento dos textos, no acabamento final – sempre corrido, é verdade – e na última etapa, quando o entregávamos aos leitores.

Não entendia muito esta felicidade. É certo que o ato de concluir algo é sempre agradável, mas havia algo mais que eu ainda não havia entendido.

O entendimento chegou com a publicação deste blog e, como sempre, era algo de uma simplicidade explícita, mas, que eu fui incapaz de perceber na época.

Numa destas publicações neste blog, uma amiga me escreveu: “- É muito gratificante compartilhar pensamentos e sentimentos. É deixá-los livres.”

Entendi de onde vinha a felicidade. Era por compartilhar o que eu sentia com os leitores. Era por libertar meus pensamentos e fazê-los chegarem a outras pessoas. Descobri que repartir alegrias é como espalhar perfume, algumas gotas sempre acabam por cair em nós mesmos!

Obrigado Diana, por me mostrar mais essa lição.

26 de abril de 2008.

sábado, 19 de abril de 2008

Faça a coisa certa


Por mais despretensioso que fosse o “Berelando...” - posso dizer até que era bastante ingênuo - tendo como única finalidade ser divertido, nem sempre agradava a todos. Isto era bastante raro, mas acontecia. Então tentávamos fazê-lo o melhor possível na edição seguinte.

Não acho isso ruim. Cada um tem o direito de gostar ou não do que quiser. Sou bastante democrático e críticas são sempre bem vindas, pois nos ajudam a melhorar, ditam rumos a seguir ou trazem-nos de volta ao chão.

Na vida também ocorre isso, só que com uma freqüência muito maior e motivos às vezes torpes. Por mais que nos esforcemos, parece que sempre há alguém para nos derrubar, puxar o nosso tapete, criticar simplesmente por criticar, mas isso não pode nos impedir de continuar.

O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. A vida é assim, não há como mudar, mas não podemos desistir de fazê-lo. Eu procuro sempre fazer a coisa certa o melhor possível, sem me importar se alguém irá reconhecer ou criticar, porque aprendi que no final das contas isso será (sempre) entre mim e minha consciência, ou, se preferirem, entre mim e Deus.

19 de abril de 2008.

sábado, 12 de abril de 2008

Vislumbrar o horizonte


Nos primeiros números meus amigos me perguntavam: “O que iremos escrever? – Não há nada de interessante neste fato...”.

Sempre há algo para se dizer!” era a minha resposta. Não podemos olhar somente o fato. Temos que ir além dele - e, às vezes, antes também.

Responder as perguntas: “Quem” fez o fato, “quando”, “como”, “onde”, “por quê”, e o quê irá ocorrer depois. Pronto, já existe uma matéria, é só colocar o seu estilo e técnica.

Chamo isso de vislumbrar o horizonte.

Em alguns momentos de nossas vidas, ocorre de sentirmos agoniados por causa de um problema. Ficamos ali, remoendo, sofrendo, olhando somente para o nosso umbigo e se sentindo a pior de todas as pessoas. Esquecemos de olhar em volta, ver o que fizemos para estar sofrendo, o por quê e, o pior, como resolvê-lo. À nossa volta há pessoas que passaram pelos mesmos problemas e os solucionaram ou, há aquelas com problemas piores mas não desistem, vão à luta, vislumbram o horizonte.

Alguns podem até te perguntar: “O horizonte sempre está tão longe, a cada dois passos que se dá em sua direção ele estará dois passos mais distante, então, por que você sempre o procura”?

A resposta: Para continuar caminhando.

(“O caminho se faz com o andar” – Jaq.)

12 de abril de 2008.

sábado, 5 de abril de 2008

Feedback


Feedback. Este é um termo usado em várias áreas: engenharia, psicologia, biologia... Em comunicação também é bastante empregada. Traduzindo ao pé da letra quer dizer “retroalimentação” ou realimentação. É, além de complicado, é meio chato de explicar. Mas isso acontecia com a gente no “Berelando...”. Muito do que escrevíamos vinha de nossos leitores. Eles eram a motivação, o assunto e a razão da existência da edição.

Quanto mais alegria tentávamos passar para os leitores, mais satisfação recebíamos de volta. Éramos o alimento, o meio de entrega e, ao mesmo tempo, éramos “alimentados” de volta num ciclo constante.

Acho que a vida é assim, recebemos dela tudo aquilo que damos.

05 de abril de 2008.

sábado, 29 de março de 2008

Dificuldades


Era muito fácil escrever o Berelando... . Era algo que dava prazer, nos satisfazia, nos alegrava.

Passávamos semanas “capturando” assuntos para serem abordados, lista de aniversariantes, eventos ocorridos e a ocorrer. Eram selecionadas algumas fotos e depois era só juntar tudo e concluir o novo número.

Pena que nem tudo é fácil assim de se fazer. Há coisas tão difíceis de concluir que nos aflige. É sempre um martírio ter que enfrentá-las. Nos tira o sono.

Uma amiga me disse:

"- Às vezes as noites são longas... bem maiores do que gostaríamos que fossem... mas acredite, Querido Amigo, o sol sempre estará lá ao amanhecer!"

Eu acredito nela.

Dedicado a um de meus anjos da guarda, Marijane. Obrigado pela inspiração.

29 de março de 2008.

sábado, 22 de março de 2008

Realização


No início não houve planejamento, estudos mercadológicos, pesquisas... Só uma idéia que resolvi por em prática.

Sentei em frente ao computador e comecei escrever. Depois formatei, coloquei uma foto, algumas ilustrações, dei um nome. Percebi que havia alguns espaços em brancos que preenchi seguindo modelos já existentes: passatempos, humor.

Imprimi e mandei por correio para algumas pessoas e recebi, quase de imediato, o retorno: Elogios e até agradecimentos.

Acredito que todos têm este poder de realização. É só pô-lo em prática e trazer tudo que é bom e verdadeiro para a sua vida.

"Os pequenos atos que se executam são melhores que todos aqueles grandes que se planejam”. (George C. Marshall)

22 de março de 2008.

sábado, 15 de março de 2008

Simplicidade

Nossos leitores gostavam do “Berelando...” porque era simples. Talvez a pretensão fosse algo mais elevado, com conteúdo social e ético, mas, em nossas linhas escrevíamos a simplicidade.

Nos dias atuais, tentamos provar a todos que somos cultos, que entendemos de arte, que sabemos o que é bom ou ruim. Seguimos paradigmas feitos por tantos outros cultos, letrados, filósofos etc. Mas isto nos deixa realmente satisfeitos? Somos sinceros com nós mesmos?

Em uma edição do “Berelando...” resolvi fazer uma enquete com as músicas que não podiam faltar numa festa. Em minha mente, cheia de preconceitos, imaginei uma lista de clássicos do rock, de músicas que se tornaram hinos de uma geração. Imaginei The Doors, Bob Dylan, Zeppelin (Claro que imaginei Beatles e Stones também, afinal também gosto de diversão). Confesso que fiquei surpreso quando apareceram entre as mais votadas – e muito bem votadas - Dancing Queen (ABBA), Staying alive (Bee Gees), Grease (Olivia Newton-John & John Travolta), YMCA (Village People) entre outras.

Depois refleti. É muito bom ter conhecimento, mas o que conta mesmo são as coisas simples da vida, o que nos diverte, o que nos faz relaxar, o que nos faz mais feliz.

15 de março de 2008.

sábado, 8 de março de 2008

Erros


Se havia uma coluna com presença garantida em nossas edições esta era a “MANCADAS”, na qual apresentávamos e corrigíamos nossos erros. Não eram poucos, alguns hilários.

Na ânsia de concluir o tão esperado exemplar do “Berelando...” às vezes cometíamos erros, esquecíamos detalhes, escrevíamos algumas gafes paquidérmicas, mas, sempre com muito humor, nos redimíamos na edição seguinte.

Acho que a vida é isso: erros e acertos. Acertar é bom, mas os erros são sempre bem-vindos, pois nos mostram lições, aprendemos com eles (ou pelo menos deveríamos).

Algumas vezes em nossas vidas precisamos tomar decisões difíceis, decisões que não conseguimos tomar de forma lógica e racional, o medo de errar é sempre muito grande. Precisamos apelar para o coração. Freqüentemente tenho que tomar decisões assim e sigo o meu coração.

Aprendi que, quando tomamos uma decisão seguindo o coração, na maioria das vezes acertamos, porém, naquelas poucas que erramos, não há arrependimentos ou remorsos.

08 de março de 2008.

sábado, 1 de março de 2008

Lições


Já não me lembro quando foi que começou. Me lembro da ocasião, uma eleição para eleger um presidente; dois candidatos: Fábio e Jorge, um vencedor que tinha em seu bolso uma lista de “cargos”, um destes concedidos a mim: Diretor de Comunicação. Na hora parecia engraçado para quem estava presente, ganhadores e perdedores, era só um pouco de nhénhénhém, mas eu levei a sério e, no dia seguinte, um domingo, iniciei o meu projeto. O Berelando...

Foram alguns números, muitas histórias e algumas lições. Tem uma que sempre me lembro e, talvez, a que eu mais gosto. Uma nota sobre o acidente e o estado do cantor Herbert Vianna, vocalista do Paralamas. Recebíamos cartas e e-mails dos amigos. Uma desses amigos, a Hélia, pediu para que escrevêssemos sobre Herbert e, mais do que informar, pedir em oração a melhora do cantor, algo que na época parecia impossível. Aceitamos o pedido e escrevemos. Passaram-se 7 anos e me emociono sempre que vejo as apresentações dos Paralamas, um milagre em atividade, um exemplo a seguir e a certeza que não podemos perder a esperança... nunca!

Obrigado Hélia por essa lição.

01 de março de 2008.