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sábado, 26 de julho de 2008

Alma


Algumas vezes eu ouvi a expressão “isso tem a alma do ‘Berelando...’”. Geralmente, queria dizer que tinha a alegria, a simplicidade e outras coisas que lembrava o periódico. Mas por que “alma”? Por que essa palavra?

Pesquisando a origem da palavra, descobri que é proveniente do latin, da palavra anǐma, que se refere ao princípio de dar movimento ou o que faz mover, desta palavra também vem “animador”, aquele de desenhos animados mesmo.

Se pensarmos num sentido filosófico ou religioso, podemos dizer que a alma é algo independente da matéria e que sobrevive à morte do corpo.

É bom pensar assim. O “Berelando...” não circula mais, porém sua mensagem, sua lembrança continua. Sua alma sobrevive. E vou sempre me lembrar que eu sou parte desta alma, ajudei a dar movimento (vida) a essa idéia.

26 de julho de 2008.

sábado, 19 de julho de 2008

Palavras


Acredito no poder das palavras. O “Berelando...” foi o laboratório que me deu a justificativa para afirmar isso.

Nas edições em que participei, tomava extremo cuidado em escolher as palavras, pois, do mesmo modo que ela cria heróis, trazem felicidade, demonstram amor, também podem destruir pessoas, atormentar almas, gerar ódio.

Dizem que através da palavra é que nos diferenciamos dos animais, mas, aprendi também que, por elas podemos nos transformar em monstros demoníacos.

Descobri que as palavras mais importantes são as menores: “sim”, “não”, “amor”, “Deus”... Elas são capazes de preencher espaços gigantescos. Dentre estas, “sim” e “não” são as que exigem mais cuidado ao se dizer. Não devemos dizer “sim” se o nosso coração diz “não” e vice-versa.

"Palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas os seus ecos são efetivamente infinitos”. - Madre Tereza de Calcutá

"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma”. - Fernando Pessoa


19 de Julho de 2008.

sábado, 12 de julho de 2008

Insanidade


Ontem recebi um link para o blog de uma amiga (http://rosasepalavras.blogspot.com/2008/07/insanidades.html), uma divertida crônica que falava da loucura.

Às vezes, eu me ponho a pensar: "- Esta vida parece loucura!". A vida é um mistério, se encontraremos a resposta para ele, sinceramente, eu não sei. Talvez, alguns encontrem.

Na época do "Berelando...", com certeza alguns me achavam, no mínimo, insano! Desperdiçar tempo e dinheiro com algo tão banal e que, talvez, ninguém nem prestasse atenção. Talvez, eu continue louco, afinal estou escrevendo este blog e não sei o que ele me trará.

É, essa vida é uma loucura! Vivendo o milagre do dia-a-dia, percebo que nem sempre somos capazes de prever as conseqüências de nossos atos. Às vezes fazemos coisas sem saber o por quê, talvez salvamos sem saber que estamos salvando, sofremos sem saber porque estamos tristes.

Sim, esta vida é uma loucura, mas, sábios são os que tomam consciência disso.

12 de julho de 2008.

sábado, 5 de julho de 2008

Tristeza


Como todo mundo eu tenho meus altos e baixos. Em alguns dias estou bem e todo mundo percebe isso, parece que irradiamos felicidade e contagiamos quem estiver por perto, em outros nem tanto. Não sei dizer o por quê dessas oscilações de humor. Algumas vezes até sei. Algo que deu errado em nossa vida, um relacionamento que se rompeu ou um que não aconteceu, uma decepção. 

 Na época do “Berelando...”, em meus dias ruins, achava que não conseguiria escrevê-lo. “Como vou transmitir algo bom se me sinto triste?”, pensava. Entretanto, por incrível que pareça, quando eu me sentava em frente ao micro, olhava minhas notas, pensava nas manchetes, na preparação do lead, aos poucos meu humor ia melhorando, e se, durante esse processo, eu percebesse que o informativo levaria algo de bom para alguém, eu pulava de uma noite de inverno para um dia ensolarado de primavera. 

Foi mais uma lição que aprendi. Quando estou triste, tenho noção de como esse sentimento é ruim e não quero que ninguém se sinta assim, então, tento fazer coisas que alegrem as pessoas ao meu redor, que seja um rosto desconhecido na multidão, pois, alegria é contagiante e, aos poucos, vou saindo da escuridão para o dia ensolarado. 

Ao iluminar o caminho de outra pessoa, a luz de tua lanterna iluminará o teu próprio caminho”. Nichiren Daishonin. 05 de julho de 2008.

sábado, 28 de junho de 2008

Violência


Às vezes tenho medo de ver o noticiário. Pais que assassinam filhos, filhos que matam os pais, homicídios por incidentes de trânsito, batalhas de sangue por causa de uma partida de futebol, avô que engravida neta, irmão que trai irmão. O que está acontecendo? Onde estão os valores (sejam eles cristãos, islâmicos, judaicos, budistas ou simplesmente familiares)? Quem são os culpados? Quem são às vítimas?

Na edição de Abril de 2001 do "Berelando...", meu amigo José Queiroz fez estas mesmas perguntas em seu artigo “DIGA NÃO (DE VERDADE) À VIOLÊNCIA” e foi um pouco mais além:

“... perceberemos que não só somos vítimas, mas também vitimamos alguém quase toda hora.... sempre que eu deixar de ensinar o meu filho a respeitar os outros, ..., eu estarei permitindo que se cometa uma violência, sempre que eu tocar a buzina do meu carro atrás do motorista que demorou 0,05s para avançar no semáforo, sempre que chamar a atenção do meu filho mais violentamente diante de estranhos ou até mesmo no meio da rua, sempre que eu avançar sobre a faixa de pedestres, se eu buzinar ao lado de hospitais, se atirar sujeira na rua, se deixar de cumprimentar um estranho (estranho como, se são todos filhos de DEUS?), se permitir que alguém sofra com minhas atitudes (ação) ou falta delas (omissão) e tantas outras coisinhas aparentemente simples e ‘toleráveis’ eu estarei cometendo atos violentos e colaborando para a disseminação da violência. ...”

Para refletir:

"Uma das grandes virtudes do homem é saber tolerar." Pensamento judaico.

"Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei; não há amor maior do que dar a sua própria vida aos seus amigos." – Jesus Cristo

"O mais forte é aquele que sabe dominar-se na hora da cólera” – Maomé

"Eu sou o resultado de meus próprios atos, herdeiro de meus próprios atos; os atos são meu parentesco; os atos recaem sobre mim; qualquer ato que eu realize, bom ou mal, eu dele herdarei." - Siddharta Gautama (Buda)

28 de junho de 2008.

sábado, 21 de junho de 2008

Preenchendo lacunas

Hoje estou cansado. No primeiro número, uma edição “piloto”, teve alguns espaços em brancos, que preenchi com histórias que enalteciam valores humanistas, que faziam refletir sobre a vida, porém, sempre preferi textos que tinha como principal característica a simplicidade. Acho que as coisas mais belas são as simples, as que fazem as crianças sorrirem. Quer algo mais belo que o sorriso de uma criança?

Hoje vou transcrever uma história que li e que expressa o que eu disse acima:

Nossa Senhora, com o menino Jesus em seus braços, desceu à Terra e visitou um mosteiro.

Orgulhosos, os padres fizeram fila para homenageá-la; um declamou poemas, outro mostrou iluminuras que fizera para a Bíblia, um terceiro recitou nome de santos.

No final da fila estava um padre humilde, que não tivera chance de aprender com os sábios da época devido a sua infância humilde que tivera com seus pais, artistas de circo. Quando chegou sua vez, os monges quiseram encerrar as homenagens pois tinham medo que ele comprometesse a imagem do mosteiro.

Porém, ele queria mostrar o seu amor pela Virgem e, envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos irmãos, tirou do bolso algumas laranjas e fez malabarismos que havia aprendido com os pais.

Neste instante, o Menino Jesus sorriu e bateu palmas de alegria. Só para ele a Virgem estendeu os braços, deixando que segurasse um pouco seu filho
”.

21 de junho de 2008.

sábado, 14 de junho de 2008

Intensidade


Hoje, passados sete anos, me conformei com a curta duração do “Berelando...”. A partir do instante mágico em 17 de outubro 2007 foram sete edições. Cada uma feita com um carinho peculiar e sinto orgulho de todas elas. Sei que, em cada notinha, cada palavra, dei o melhor de mim. Talvez, por isso, ele é ainda lembrado por nossos antigos leitores.

Às vezes, ficamos tão ansiosos com as coisas que queremos fazer, posições que queremos alcançar, lugares que queremos chegar e esquecemos de nossas conquistas do dia-a-dia. Ou pior, temos a impressão que nossas conquistas e feitos não duraram o tempo suficiente ou não foram grandes o bastante, e, de novo, vem a frustração.

Navegando pela Internet hoje pela manhã, dei de cara com esta citação atribuída ao poeta português Fernando Pessoa (digo atribuída por que há controvérsias, apesar dele ter vários heterônimos)

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.

Não preciso dizer mais nada.

14 de junho de 2008.

sábado, 7 de junho de 2008

Ansiedade

Algumas vezes sentíamos uma ansiedade exagerada em concluir o “Berelando...”. Percebíamos a proximidade da data-limite para a conclusão e não havíamos nem decidido a pauta. Apesar da ansiedade ser leve, ela era totalmente desnecessária, porque, na hora certa, o periódico estava fechado (é lógico que tinha alguns erros, mas, como iríamos fazer piada em nossas erratas se não os cometêssemos!).

Hoje em dia a ansiedade é o grande problema do planeta. São tantas coisas que acontecem, tanto por fazer, tanto por preocuparmos que chegamos ao colapso. Também sou assim, mas, aprendi que, como no “Berelando...”, no final as coisas se resolvem. Se ficarmos somente vivendo a ansiedade da busca, do controle, não conseguiremos chegar ao fim, à conclusão, ao término. Nos sobram as unhas roídas, as olheiras das noites mal dormidas, nossos problemas intestinais e o pior, a sensação de vazio.

Deixemos que a vida flua e que nessa fluidez, encontremos o caminho certo, a decisão certa, o momento exato. Coisas que são impossíveis de encontrar no turbilhão que é a ansiedade.

07 de junho de 2008.

sábado, 31 de maio de 2008

Mitos


Em nossas edições escrevemos sobre alguns “mitos” modernos. Pessoas que, com seu carisma e talento, encantaram gerações (e continuam encantando outras). Escrevemos sobre Airton Senna, John Lennon, Elvis Presley, Bob Marley, Elis Regina e Cazuza. Todos eles, em seu tempo, fizeram coisas incríveis, romperam estruturas, desafiaram paradigmas, mostraram, através de sua arte e coragem, coisas que nós, simples mortais, gostaríamos de ter realizado. Assim, desta maneira, os transformamos em heróis, em mitos, algo mais para a fantasia do que para a realidade.

Todas essas pessoas especiais trouxeram algo de bom para o mundo ou, pelo menos para nós, brasileiros, não nego, mas, há tantos heróis anônimos entre nós, que não aparecem na TV ou nas revistas, mas realizam coisas incríveis.

São aquelas mães que acordam 4h00 da manhã para preparar as coisas para o dia de seu filho antes de ir para trabalho e vão dormir à meia-noite, depois de concluírem seus afazeres domésticos. Pais que trabalham dois turnos para suprir sua família. Esposas que aguentam o mau humor de seus maridos cansados do trabalho e ainda dão o apoio necessário para que eles suportem a luta do dia-a-dia. Bem, estes são somente os exemplos clássicos, mas, parem e observem, quantas pessoas assim vocês conhecem? Bem, eu conheço algumas. São os meus heróis.

31 de maio de 2008.

sábado, 24 de maio de 2008

Dores


Nem tudo eram flores no “Berelando...”. Por duas vezes anunciamos a perda de amigos. Perdas trágicas e que nos trouxeram a pior das dores, a que não é física, mas, a dor que vem da alma.

Em alguns momentos de nossa vida passamos por isto. Sofremos por perder alguém, por se sentir sozinho, por se sentir incompreendido, por estar longe dos que amamos, por achar que o tempo está passando e não nos acertamos na vida, por sentir medo (veja o blog do meu amigo Rubens: http://tudo1pouco.zip.net/ - “eu sinto medo”). Acho que não podemos evitar este momento, entretanto, devemos ter consciência que estas dores que sentimos é a prova de que estamos vivos e, por estarmos vivos, temos que superá-las ou lutar por isso. A vida é assim, às vezes estamos bem outras não. O que não podemos sentir é a indiferença: não sentir nem dores, nem alegrias só a indiferença, talvez, isso seja o fim.

Todos nós temos uma missão nesta vida e, com certeza, não nascemos para sofrer.

24 de maio de 2008.

sábado, 17 de maio de 2008

Escolhas


Todo mês tínhamos que fazer escolhas para a nova publicação. O que escrever, que foto usar, se teria um artigo ou não, quem escreveria uma história etc. Para decidir, havia a reunião de pauta (se é que podia se chamar de reunião, parecia mais uma festa!), eram votados os prós e contras, e, no final, eram feitas as escolhas.

Fazemos milhares de escolhas todos os dias, na maioria das vezes inconscientemente. Ao acordar decidimos se levantaremos para o trabalho ou se voltamos a dormir, se vestiremos uma roupa de cor azul ou verde etc. Algumas escolhas são difíceis. Podem nos paralisar. Ai que está o perigo.

Nem sempre é possível reunir um grupo para decidir os caminhos da nossa vida. Temos que correr os riscos sozinhos, seguir por certos caminhos e abandonar outros, mas, nunca deixar se paralisar. De hoje em diante, ao acordar podemos a fazer a seguinte escolha: Hoje serei feliz ou, hoje será mais um dia triste. Bem, eu já fiz a minha escolha.

17 de maio de 2008.

terça-feira, 13 de maio de 2008

1.000 Acessos


Sobre o Berelando..., em um pouco mais de 2 meses atingiu a marca de 1.000 acessos.

Confesso que superou minha expectativa o que me levou a quebrar o rotina e escrever no meio da semana.

Quero agradecer a todos que leram este blog, fizeram comentários, enviaram email, enfim, que deram vida a este projeto. Espero que tenham tido tanto prazer em lê-lo quanto eu em escrevê-lo.
MUITO OBRIGADO!

Um grande abraço, uma ótima semana e feliz vida a todos!

13 de maio de 2008.

sábado, 10 de maio de 2008

Instantes mágicos


Li no blog de uma amiga (http://jaqline.spaces.live.com/blog/) sobre instantes mágicos: momentos em que um “sim” ou um “não” podem mudar nossa vida (ou a de outros). Isso me levou a pensar no momento em que idealizei o “Berelando...”. De repente tive a vontade de iniciar o informativo e assim o fiz. Isso poderia ter sido só um pensamento, que teria passado se eu não o tivesse aproveitado. Bem, é lógico que não “revolucionou” a minha vida nem a de ninguém, mas fez com que acontecesse muita coisa legal, coisas das quais me orgulho. Este deve ter sido um desses “instantes mágicos”.

Todos os dias devem ocorrer vários destes momentos, mas, simplesmente deixamos eles passarem e no final do dia ficamos com a sensação de vazio, de que podíamos ter feito algo bom e não fizemos. Ficamos melancólicos.

Aprendi. Sempre que tiver vontade de fazer algo bom eu o farei. Mandarei uma mensagem bonita para um amigo, enviarei uma música, escreverei só pra desejar bom dia e não me importarei se fiz a coisa certa ou não, neste Universo deve ter algo que nos levou a ter tais vontades, devemos agir, o Universo deve esperar algum efeito deste ato.

10 de maio de 2008.

sábado, 3 de maio de 2008

Aniversários


Hoje é o meu aniversário.

É estranho, nunca falei sobre isso. No “Berelando...”, sai antes da edição de maio.

Confesso que não me sinto muito à vontade com a data, mas não é nada de mais. Nada relacionada a frustração, vaidade, timidez etc. Simplesmente não vejo o meu aniversário como um dia especial, muitas vezes o esqueço completamente até ser lembrado por um amigo ao telefone. Engraçado, mais é verdade.

Entretanto, tenho plena consciência que recebo o meu presente todos os dias: A força que me faz levantar pela manhã e me motiva ir à luta; a certeza de ter amigos, que lembrem ou não a data do meu aniversário, mas que se lembram de mim; e a vontade de evoluir cada vez mais como ser humano, reconhecendo meus fracassos, minhas vitórias e saber que tudo isso faz parte de minha história e que não posso ignorá-las.

Um dia você aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou." (William Shakespeare)

A propósito, aos mais curiosos, hoje completo 40 anos.

03 de maio de 2008.

sábado, 26 de abril de 2008

Pensamentos


Na época do “Berelando...” eu sentia um prazer imenso em produzi-lo. Isso se dava em todas as fases: da escolha das pautas, no desenvolvimento dos textos, no acabamento final – sempre corrido, é verdade – e na última etapa, quando o entregávamos aos leitores.

Não entendia muito esta felicidade. É certo que o ato de concluir algo é sempre agradável, mas havia algo mais que eu ainda não havia entendido.

O entendimento chegou com a publicação deste blog e, como sempre, era algo de uma simplicidade explícita, mas, que eu fui incapaz de perceber na época.

Numa destas publicações neste blog, uma amiga me escreveu: “- É muito gratificante compartilhar pensamentos e sentimentos. É deixá-los livres.”

Entendi de onde vinha a felicidade. Era por compartilhar o que eu sentia com os leitores. Era por libertar meus pensamentos e fazê-los chegarem a outras pessoas. Descobri que repartir alegrias é como espalhar perfume, algumas gotas sempre acabam por cair em nós mesmos!

Obrigado Diana, por me mostrar mais essa lição.

26 de abril de 2008.

sábado, 19 de abril de 2008

Faça a coisa certa


Por mais despretensioso que fosse o “Berelando...” - posso dizer até que era bastante ingênuo - tendo como única finalidade ser divertido, nem sempre agradava a todos. Isto era bastante raro, mas acontecia. Então tentávamos fazê-lo o melhor possível na edição seguinte.

Não acho isso ruim. Cada um tem o direito de gostar ou não do que quiser. Sou bastante democrático e críticas são sempre bem vindas, pois nos ajudam a melhorar, ditam rumos a seguir ou trazem-nos de volta ao chão.

Na vida também ocorre isso, só que com uma freqüência muito maior e motivos às vezes torpes. Por mais que nos esforcemos, parece que sempre há alguém para nos derrubar, puxar o nosso tapete, criticar simplesmente por criticar, mas isso não pode nos impedir de continuar.

O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. A vida é assim, não há como mudar, mas não podemos desistir de fazê-lo. Eu procuro sempre fazer a coisa certa o melhor possível, sem me importar se alguém irá reconhecer ou criticar, porque aprendi que no final das contas isso será (sempre) entre mim e minha consciência, ou, se preferirem, entre mim e Deus.

19 de abril de 2008.

sábado, 12 de abril de 2008

Vislumbrar o horizonte


Nos primeiros números meus amigos me perguntavam: “O que iremos escrever? – Não há nada de interessante neste fato...”.

Sempre há algo para se dizer!” era a minha resposta. Não podemos olhar somente o fato. Temos que ir além dele - e, às vezes, antes também.

Responder as perguntas: “Quem” fez o fato, “quando”, “como”, “onde”, “por quê”, e o quê irá ocorrer depois. Pronto, já existe uma matéria, é só colocar o seu estilo e técnica.

Chamo isso de vislumbrar o horizonte.

Em alguns momentos de nossas vidas, ocorre de sentirmos agoniados por causa de um problema. Ficamos ali, remoendo, sofrendo, olhando somente para o nosso umbigo e se sentindo a pior de todas as pessoas. Esquecemos de olhar em volta, ver o que fizemos para estar sofrendo, o por quê e, o pior, como resolvê-lo. À nossa volta há pessoas que passaram pelos mesmos problemas e os solucionaram ou, há aquelas com problemas piores mas não desistem, vão à luta, vislumbram o horizonte.

Alguns podem até te perguntar: “O horizonte sempre está tão longe, a cada dois passos que se dá em sua direção ele estará dois passos mais distante, então, por que você sempre o procura”?

A resposta: Para continuar caminhando.

(“O caminho se faz com o andar” – Jaq.)

12 de abril de 2008.

sábado, 5 de abril de 2008

Feedback


Feedback. Este é um termo usado em várias áreas: engenharia, psicologia, biologia... Em comunicação também é bastante empregada. Traduzindo ao pé da letra quer dizer “retroalimentação” ou realimentação. É, além de complicado, é meio chato de explicar. Mas isso acontecia com a gente no “Berelando...”. Muito do que escrevíamos vinha de nossos leitores. Eles eram a motivação, o assunto e a razão da existência da edição.

Quanto mais alegria tentávamos passar para os leitores, mais satisfação recebíamos de volta. Éramos o alimento, o meio de entrega e, ao mesmo tempo, éramos “alimentados” de volta num ciclo constante.

Acho que a vida é assim, recebemos dela tudo aquilo que damos.

05 de abril de 2008.

sábado, 29 de março de 2008

Dificuldades


Era muito fácil escrever o Berelando... . Era algo que dava prazer, nos satisfazia, nos alegrava.

Passávamos semanas “capturando” assuntos para serem abordados, lista de aniversariantes, eventos ocorridos e a ocorrer. Eram selecionadas algumas fotos e depois era só juntar tudo e concluir o novo número.

Pena que nem tudo é fácil assim de se fazer. Há coisas tão difíceis de concluir que nos aflige. É sempre um martírio ter que enfrentá-las. Nos tira o sono.

Uma amiga me disse:

"- Às vezes as noites são longas... bem maiores do que gostaríamos que fossem... mas acredite, Querido Amigo, o sol sempre estará lá ao amanhecer!"

Eu acredito nela.

Dedicado a um de meus anjos da guarda, Marijane. Obrigado pela inspiração.

29 de março de 2008.

sábado, 22 de março de 2008

Realização


No início não houve planejamento, estudos mercadológicos, pesquisas... Só uma idéia que resolvi por em prática.

Sentei em frente ao computador e comecei escrever. Depois formatei, coloquei uma foto, algumas ilustrações, dei um nome. Percebi que havia alguns espaços em brancos que preenchi seguindo modelos já existentes: passatempos, humor.

Imprimi e mandei por correio para algumas pessoas e recebi, quase de imediato, o retorno: Elogios e até agradecimentos.

Acredito que todos têm este poder de realização. É só pô-lo em prática e trazer tudo que é bom e verdadeiro para a sua vida.

"Os pequenos atos que se executam são melhores que todos aqueles grandes que se planejam”. (George C. Marshall)

22 de março de 2008.

sábado, 15 de março de 2008

Simplicidade

Nossos leitores gostavam do “Berelando...” porque era simples. Talvez a pretensão fosse algo mais elevado, com conteúdo social e ético, mas, em nossas linhas escrevíamos a simplicidade.

Nos dias atuais, tentamos provar a todos que somos cultos, que entendemos de arte, que sabemos o que é bom ou ruim. Seguimos paradigmas feitos por tantos outros cultos, letrados, filósofos etc. Mas isto nos deixa realmente satisfeitos? Somos sinceros com nós mesmos?

Em uma edição do “Berelando...” resolvi fazer uma enquete com as músicas que não podiam faltar numa festa. Em minha mente, cheia de preconceitos, imaginei uma lista de clássicos do rock, de músicas que se tornaram hinos de uma geração. Imaginei The Doors, Bob Dylan, Zeppelin (Claro que imaginei Beatles e Stones também, afinal também gosto de diversão). Confesso que fiquei surpreso quando apareceram entre as mais votadas – e muito bem votadas - Dancing Queen (ABBA), Staying alive (Bee Gees), Grease (Olivia Newton-John & John Travolta), YMCA (Village People) entre outras.

Depois refleti. É muito bom ter conhecimento, mas o que conta mesmo são as coisas simples da vida, o que nos diverte, o que nos faz relaxar, o que nos faz mais feliz.

15 de março de 2008.

sábado, 8 de março de 2008

Erros


Se havia uma coluna com presença garantida em nossas edições esta era a “MANCADAS”, na qual apresentávamos e corrigíamos nossos erros. Não eram poucos, alguns hilários.

Na ânsia de concluir o tão esperado exemplar do “Berelando...” às vezes cometíamos erros, esquecíamos detalhes, escrevíamos algumas gafes paquidérmicas, mas, sempre com muito humor, nos redimíamos na edição seguinte.

Acho que a vida é isso: erros e acertos. Acertar é bom, mas os erros são sempre bem-vindos, pois nos mostram lições, aprendemos com eles (ou pelo menos deveríamos).

Algumas vezes em nossas vidas precisamos tomar decisões difíceis, decisões que não conseguimos tomar de forma lógica e racional, o medo de errar é sempre muito grande. Precisamos apelar para o coração. Freqüentemente tenho que tomar decisões assim e sigo o meu coração.

Aprendi que, quando tomamos uma decisão seguindo o coração, na maioria das vezes acertamos, porém, naquelas poucas que erramos, não há arrependimentos ou remorsos.

08 de março de 2008.

sábado, 1 de março de 2008

Lições


Já não me lembro quando foi que começou. Me lembro da ocasião, uma eleição para eleger um presidente; dois candidatos: Fábio e Jorge, um vencedor que tinha em seu bolso uma lista de “cargos”, um destes concedidos a mim: Diretor de Comunicação. Na hora parecia engraçado para quem estava presente, ganhadores e perdedores, era só um pouco de nhénhénhém, mas eu levei a sério e, no dia seguinte, um domingo, iniciei o meu projeto. O Berelando...

Foram alguns números, muitas histórias e algumas lições. Tem uma que sempre me lembro e, talvez, a que eu mais gosto. Uma nota sobre o acidente e o estado do cantor Herbert Vianna, vocalista do Paralamas. Recebíamos cartas e e-mails dos amigos. Uma desses amigos, a Hélia, pediu para que escrevêssemos sobre Herbert e, mais do que informar, pedir em oração a melhora do cantor, algo que na época parecia impossível. Aceitamos o pedido e escrevemos. Passaram-se 7 anos e me emociono sempre que vejo as apresentações dos Paralamas, um milagre em atividade, um exemplo a seguir e a certeza que não podemos perder a esperança... nunca!

Obrigado Hélia por essa lição.

01 de março de 2008.