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domingo, 15 de março de 2015

Embaçado

Uma vez chegaram para mim com uma câmara fotográfica nas mãos dizendo que algo estava errado com ela. As fotos estavam saindo desfocadas, estavam estranhas. Perguntaram-me se era defeito da câmera, falta de regulagem, mau uso etc.

Peguei a máquina, olhei e testei seu funcionamento, bati uma foto, estudei a imagem, olhei para a lente, depois limpei a lente. Pronto voltou ao normal.

Uma mancha engordurada de dedo na lente deixava as fotos distorcidas.

Quantas vezes a gente enxerga uma realidade distorcida por uma lente suja. Preste atenção antes de reclamar, às vezes, é preciso limpar nossos pensamentos. Use o amor sem moderação.

15 de Março de 2015.

domingo, 8 de março de 2015

Roubar

Uma vez, na escola, eu fui acusado de roubo. Fazia o curso noturno e um aluno do período da tarde esqueceu uma máquina de datilografar portátil na sala. Disseram ao inspetor, que era novo na escola e não me conhecia, que fui visto com o objeto.

Ele me acusou, me ameaçou e disse que eu não sairia da classe enquanto eu não devolvesse a máquina, mesmo eu falando que não estava comigo. Tudo isso na sala de aula, na frente dos colegas.

Alguns colegas, mais valentes e rebeldes do que eu, saíram em minha defesa. Diziam que eu era uma pessoa boa, sempre disposta a ajudar e compartilhar, que era impossível eu ter roubado alguma coisa.

O objeto acabou aparecendo e o acusador se desculpou com um sorriso amarelo.

Aprendi que o contrário de roubar é dar, compartilhar, acudir quem precisa. Foi que os meus colegas disseram ao inspetor, foi o que meus colegas fizeram para me defender.

08 de Março de 2015.

domingo, 1 de março de 2015

Reparação

E quanto mais a ciência entende o funcionamento do corpo através do projeto genoma, mais perto do conhecimento da alma transgressora chegamos.

Por incrível que pareça, a máquina divina que é o nosso corpo, que por fora parece funcionar perfeitamente, ao se conhecer o processo de multiplicação celular, descobriu-se que ocorrem inúmeros erros na reprodução das células. Em alguns casos, a mutação foi necessária para que evoluíssemos, nos tornando o que somos hoje, mas, na maioria das vezes, os erros da reprodução são corrigidos. A dualidade dos cromossomos, que para nós parecem com duas fitas entrelaçadas, permite resgatar o material genético original e recomeçar da forma correta.

O Divino, ao criar nosso sistema de reprodução genético, a multiplicação das células, não pensou na perfeição, ao contrário, ele permitiu um número razoável de erros, mas, ao mesmo tempo, criou um mecanismo de reconhecimento dos erros e reparo destes. E por isso chegamos até aqui.

E depois de formados, corpos evoluídos, providos de conhecimento e do livre-arbítrio, é perceptível que algo está errado. Se os erros não forem corrigidos estamos nos condenando à extinção. É hora de parar, resgatar princípios básicos que nos trouxeram até aqui, corrigir e seguir em frente.

Um bom princípio a ser resgatado?!

Fácil: “- Amai ao próximo como a ti mesmo!”


29 de Fevereiro de 2015.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Transgressão

E como o meu berço da publicação anterior, este mundo ficou pequeno. Muita gente excluída de coisas básicas como moradia, boa educação, comida, de saúde, enfim, de dignidade.

E por que não mudamos? Não buscamos o correto? O novo bom (ou as boas novas, para usar um termo cristão)?

Porque a minoria que tem tudo, acredita que isso é o “bom”. Temporariamente fortalecidos pelo poder econômico, criam leis e modelos sociais que criminalizam (ou posso dizer, “crucificam”!) quem não agüenta mais o lugar estreito. Nessa cultura do apego e do controle, não percebem que este “aperto” tornará impossível a existência de suas próximas gerações.

Transgredir, invertendo um pouco o conceito católico/cristão, é o caminho estreito para redenção do mundo. A passagem para o largo, para o novo bom.

22 de fevereiro de 2015.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

O novo bom

Eu tenho lembranças muito antigas da infância. Consigo lembrar até do meu berço, de como gostava dele e como era bom ficar ali. Lembro das grades e até da retirada delas. Lembro quando ele ficou pequeno (na verdade eu que cresci) e apertado, mas eu continuava achando-o bom e não quis trocá-lo pela nova cama, que seria o correto, mas, não sabia se era bom.

Na vida, acostumamos com que é bom, nos conformamos com ele e não percebemos que crescemos, que é preciso ir à busca de novos e maiores espaços. Deixar para trás o que foi bom e ficou estreito. Dar o salto de fé para o largo, o correto, o novo bom.

O bom é o lugar que ficou estreito para nosso corpo, o correto é o lugar amplo que nossa alma almeja e que é necessário para nossa evolução.


15 de fevereiro de 2015.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Por que existe gente pobre? - Conclusão

Se a miséria e a pobreza são invenções humanas, elas tinham um propósito: Cultivar, efetivar e assegurar para poucos o maior (não o melhor) poder de todos: O econômico.

E, em busca deste poder, estes poucos não pouparam esforços. Travaram-se inúmeras guerras, dizimaram-se incontáveis vidas, destruíram florestas, rios, nações de nativos (afinal, estes não entendiam a sedução do “ter posses” e, assim, não poderiam ser iludidos a ponto de serem explorados como mão de obra barata.

São muito criativos para manter esse status quo. Engarrafam miséria em suas indústrias de bebidas. Metabolizam miséria em seus laboratórios de drogas. Iludem a miséria em seus cassinos. Ensinam a miséria em seu sistema educacional. Vendem a miséria em seus bancos.

Quem tem este poder não quer perdê-lo. Com dinheiro (o deus soberano dessa classe), eles inventaram um mundo de ilusões. São donos de meios massivos de alienação (jornais, TVS, rádios, editoras), usados tanto para criar a ilusão de que tudo isso é normal, quanto para criminalizar àqueles que tentam te dar “a pílula” do filme Matriz, que tiraria do transe àqueles que desejassem “acordar”.

A lei é criada por eles, a justiça é feita pela ótica de quem está por cima. Inclusive quem deveria julgar, vem desta tradição de endinheirados, também não querem ver tudo aquilo que acumularam durante gerações, ser diluído entre as massas (e nem estou falando de expropriação, estou falando de direitos). Não querem o filho da empregada sentado ao lado do seu primogênito na universidade de direito ou medicina. Não quer a pessoa que engraxa seus sapatos jantando em seu restaurante preferido. Não suportam a idéia de que os faxineiros do fórum dividam o espaço do estacionamento com seu carro de luxo importado. Assim, segregam as pessoas em "guetos" e impendem o acesso dessa gente nos espaços que pensam ser exclusivos dos "poderosos". Então, só posso concluir que seu julgamento está contaminado por este medo da “perda” do seu pseudo conforto.

Não se iluda. A miséria é muito fácil de ser eliminada. O difícil é combater quem não quer perder o poder de jeito nenhum!

O que fariam os poderosos ao verem seu (exclusivo direito) conforto sendo ameaçado? Alguém sabe a resposta?

 08 de Fevereiro de 2015.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Por que tem gente pobre?

Quando criança eu costumava fazer esta pergunta. É lógico que ninguém soube responder. Na infância, minha família morava como caseiros numa chácara bem afastada dos centros urbanos. Não pagávamos aluguel, mas tínhamos muitas dificuldades também, caderneta no armazém, móveis penhorados, roupas rotas... mas, achava que pobres eram os mendigos que via nas poucas vezes que ia a cidade. Sentia-me mal, eu tinha uma casa e uma cama, e eles?

A gente cresce, as coisas melhoram, mas, as perguntas ficam? Eu já até aprendi por que existe pobres, o que me espanta é por que ninguém mais faz essa pergunta: “- Por que existe gente pobre?”

Sabemos que 85 pessoas (os mais ricos do planeta) concentram mais da metade de todo o dinheiro dos mais pobres, mais da metade dos habitantes da Terra. Dá para entender a diferença?!

Na natureza, alguém já ouviu falar em um bando leões pobres? Ou uma matilha de lobos, manada de gnus ou elefantes, aves, minhocas etc?! Não. A pobreza e a miséria é exclusividade da raça humana.

Pobreza é invenção da humanidade. Começou com a escravidão no início das civilizações e continua nos dias atuais. Enquanto existir miséria, existirá também quem a explore.

Oras, se pobreza e miséria são invenções humanas, cabe a nós eliminá-las.

Não é impossível. Vou dar um exemplo simples e recente.

A última “Mega Sena da Virada”, alcançou a cifra de R$ 240 milhões, já descontados os impostos. Sabe o que é esse número? Esse número significa que, se o dividíssemos por todos os brasileiros, cada um receberia R$ 1.200.000,00 (Um milhão e duzentos mil reais). Acabaria a extrema pobreza no Brasil!

Bem se a jogatina consegue tamanha proeza, quando nossa consciência humana evoluirá ao nível de extinguir essa mazela da sociedade?

Pensem, reflitam e compartilhem essa indagação.

01 de Fevereiro de 2015.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Mudanças

Férias sempre trazem boas lembranças. Outro dia estava recordando quando tive aulas vela. Foi uma grande e divertida lição. Tinha o mar da Bahia, um barquinho a vela e só precisava de vento. Mas algo que me intrigava e me assustava. Se o vento que enchia a vela me empurrava para uma direção, como faria para voltar? O instrutor me ensinou uma das maiores lições da minha vida: Não importa para que lado o vento sopre, você só precisa ajustar as velas e você chegará onde quiser.

E os ventos da mudança, graças ao Criador, nunca deixam de soprar e, se não tomarmos o cuidado de ajustar nossas velas, eles nos deixará a deriva ou nos levará onde não queremos estar. Marque seu horizonte onde está a felicidade, ajuste suas velas e deixe o vento de levar.

Se parar de ventar?! Aponte para a fé e reme!


25 de Janeiro de 2015.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Curto-circuito

Trabalho com baterias chumbo-ácidas também conhecidas como acumuladores elétricos. Elas produzem energia química com muitas aplicações para tornar este nosso mundo moderno um lugar mais confortável.

Para leigos, uma caixa com dois pólos: um negativo e outro positivo.

Para quem trabalha com elas é importante saber que não se deve, em hipótese alguma, ligar um pólo ao outro, encostando ferramentas ou fios, para que não ocorra um curto-circuito. Este fenômeno provoca faíscas, calor e até explosões e, se por sorte, não se machucar, com certeza inutilizará a bateria, pois extinguirá a tensão ou resistência que havia nela, a corrente elétrica.

E tantas vezes a gente quer ir pelo caminho do bem, seguindo a direção certa (ao positivo), resistindo ao que for ruim (o negativo), mas, em momentos de fraqueza ou egoísmo, desistimos de resistir, pior, voltamos no sentido o contrário, provocando um curto-circuito, machucando a si mesmo e ao próximo e inutilizando tudo o que aprendeu e que lhe foi útil.

Resista!

18 de Janeiro de 2015.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Camarote

Domingo de corrida em Interlagos, pouco tempo atrás, era sinônimo de encontro de amigos na laje para verem a corrida (pedacinhos dela) de graça. Cada um levava alguma coisa, carne, bebidas, doces e a alegria da comunhão que, em outras palavras, significa amor.

As lajes da favela continuam cheias em domingos de F1. Alguns felizes por pagarem pouco e outros felizes por receberem muito. Comunhão?! Não. Aqui assiste quem tem dinheiro, amigos ficam para outros domingos. As lajes da comunidade se tornam camarotes, onde se recebem os “gringos” com seus dólares e euros.

No Rio de Janeiro, a melhor vista da cidade maravilhosa ficava nos morros, no meio da comunidade. Ali se tinha pouco dinheiro, em compensação, a vista era boa e de graça.

Com a “pacificação” um fenômeno se iniciou. Estrangeiros endinheirados começaram a comprar casas na comunidade. O preço é barato para quem paga, mas, suficiente para iludir quem vende, pois, em pouco tempo, descobrirá que o que recebeu só dá para comprar um barraco num lugar mais afastado e pior.

Acontece o mesmo no carnaval de Salvador, nas praias de Trindade e Trancoso e em tantos outros lugares.

E assim, ao invés de agregar, de comungar, nós separamos, pior, segregamos. Quem pode mais se apossa e expulsa quem não pode tanto.

Se comungar é amor, como a gente chama a segregação?

11 de Janeiro de 2015.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Decisões

Você já iniciou as decisões tomadas na virada do ano?

Todo ano a mesma coisa, na hora dos fogos as metas do ano novo: parar de fumar, fazer exercício, fazer dieta, estudar etc. Alguns iniciam, outros adiam e outros desistem. Só o mais disciplinado chega ao final. Na maioria das vezes atinge os objetivos, algumas vezes não, mas aprendem sobre suas limitações.

E o grande segredo é, se tomar uma decisão, inicie-a e vá até o fim. Não se assuste com as dificuldades, até por que se fosse fácil não precisaria decidir nada, o pior que pode acontecer é você não atingir o objetivo, mas, e daí? O caminho tomado, a força empregada é o seu aprendizado sobre perseverança, esperança e fé.

Lições aprendidas, erros corrigidos, felicidade atingida.


04 de Janeiro de 2015.

domingo, 28 de setembro de 2014

À margem

Em outras publicações já falei do córrego que atravessava a chácara em que morava. Já falei da sua extensão e até de pontes construídas para cruzá-lo. Na maior parte do ano, suas águas eram calmas, corriam tranquilamente em suas estreitas margens e, em alguns trechos, profundas. Neste trecho que foi construída a ponte da publicação. Então, depois de uma tempestade, o calmo rio transbordou e levou a pequena ponte.

“-Oh malvado rio, destruiu a ponte que me trouxe felicidade!”.

Não, ele não era mal. Em minha cegueira egoísta não percebi que ele era o oprimido, obrigado a correr dentro de suas estreitas margens. Ele queria ser largo, livre, queria vislumbrar o horizonte. Eu é que o queria calmo e estreito. A violência era minha, que não entendia a sua vontade de ser livre.

28 de Setembro 2014.

domingo, 21 de setembro de 2014

Liberte

Sempre fui apaixonado por livros. O estranho que eu ganhei poucos livros como presente. Já tive uma biblioteca considerável e quase todos comprados. Agora, começo a me desfazer dos livros, dando a oportunidade que outros também possam lê-los.

Ironicamente, agora que me desfaço dos livros, nunca ganhei tantos. Quando alguns amigos souberam da minha ação, resolveram doar seus livros para que eu os “libertassem” também.

E tanta gente reclama que é desprezado, esquecido e não recebe amor e carinho. Talvez, o segredo seja dar ao invés de guardar para si.

21 de Setembro de 2014.

domingo, 14 de setembro de 2014

Procrastinação

E o final de semana é tão bom e dura tão pouco. Todo mundo pensa assim e tenta aproveitar ao máximo estes dois dias. E não me venha falar que preciso deixar algo pronto para a segunda-feira pois, o risco de eu fazer às 11 horas da noite do domingo é muito grande, mesmo sentindo uma ponta de agonia e culpa o feriado inteiro.

Nossa mania de achar que o perfeito continuará sempre assim desde que não mudemos nada. Viramos robôs, fazendo sempre o mesmo, automaticamente. Acabamos por esquecer coisas importantes, inclusive sentimentos.

E vivendo no automático, afinal tudo está bem, deixamos de ensinar que, se chegamos até aqui, muitos lutaram, persistiram, tiveram medo e momentos de extrema coragem, choraram, sorriram, amaram e venceram no passado.

As coisas mudam. Imaginem se faltarem exemplos para as gerações futuras.

14 de Setembro de 2014.

sábado, 19 de julho de 2014

YHWH


Óh deus de Israel, YHWH, clamo humildemente que salve o povo palestino, principalmente os de Gaza, a terra que escolheu para que O Seu Filho Yehoshua nascesse, a terra em que Ele cresceu e ensinou ao mundo a Sua maior lição: “Amar o próximo como a ti mesmo!”

Não permita o genocídio em Gaza. Proteja os palestinos como protegeu, há mais de 2000 anos, o Seu Filho do infanticídio de Herodes, naquela mesma região que hoje chamamos de Gaza. Não permita que milhares de pequenos Yehoshuas tenham seu sangue derramado por questões mundanas de homens que já esqueceram de Ti há muito tempo.

Amém!

‪#‎PrayForPalestine‬ ‪#‎PrayForGaza‬ ‪#‎OrePorGaza‬ ‪#‎RezePelaPalestina‬

19 de Julho de 2014.

domingo, 6 de julho de 2014

Lunação

Ao olhar o calendário vi que era lua crescente. Lembrei da infância que minha mãe sempre olhava na folhinha o início da lua crescente, era quando ela cortava nossos cabelos, quando iniciava o plantio das sementes. Pensei: “- Deve ser a hora certa de voltar a escrever também.”

E a nossa vida segue como um ciclo lunar. Ele vai crescendo, se iluminando, ganhando destaque e reconhecimento e, por fim, atinge o auge, nossa lua cheia. E, lá no alto, talvez só reste descer. Nossa lua minguante. Esquecemos as lições, sucumbimos ao ego, vamos perdendo nosso brilho.

E na lua nova, eclipsados, é hora de rever tudo, pensar o que está certo e o que está errado, refletir. Esta fase também passará e teremos que estar preparados para plantar na lua crescente o que for bom e que precisa crescer bem.

06 de Julho de 2014.

sábado, 7 de junho de 2014

Herói


Na minha infância não tinha tantos programas para crianças como hoje. Eu sofria quando por vários motivos perdia meu desenho semanal favorito: Super Amigos. Criança adora super-heróis, não fui diferente. Além desses tinha o Batman, Ultraseven e o Ultraman.

Impressionava-me aquela busca pela justiça, aquela grande luta pelo bem que levava o herói ao esgotamento, quase à morte, mas, no último fôlego, era buscado um restinho de energia que o levava a vitória.

Hoje todo mundo procura por um herói. Esquecemos que a busca pelo bem é uma batalha que pode exaurir nossa energia, mas é preciso coragem, determinação, fé e, quando tudo isso esgotar, buscar aquele restinho de vontade e continuar até o triunfo. Ele virá, pode acreditar!

07 de Junho de 2014.

domingo, 1 de junho de 2014

Criatividade

Já me perguntaram várias vezes de onde eu tiro as idéias para minhas publicações neste blog. Como eu consigo arranjar tanto assunto para comparar coisas banais da minha vida.

Na verdade eu não sei. Acredito que tenho experiência, afinal, quando este blog era semanal, aprendi uma certa técnica que facilitou as coisas.

Porém, além da disciplina, da experiência, da técnica é preciso entender que criatividade é um dom divino e, por ser divino, eu levo muito a sério. Eu acredito que posso fazer algo e crio.


01 de Junho de 2014.

domingo, 25 de maio de 2014

Libertar

Há algum tempo eu comecei “libertar” meus livros pela cidade. Sempre que alguém me pedia um livro emprestado, eu falava: “-Pega prá você, eu já o li.” Neste mês dei um passo a mais, além de “libertar” meus livros, tentei motivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Até criei um espaço (e vi, com muita alegria, meu exemplo ser seguido) para que as pessoas pudessem levar os livros que juntavam pó naS estantes. Deixava um, levava outro. 

Quem sabe a idéia se espalhe e transformamos esta cidade numa grande biblioteca.

E a vida me ensinou que não devo guardar muita coisa. Libertar tudo o que me foi bom para que seja bom para outro. Acredito que o amor é isso: liberdade. O contrário é apego.

25 de Maio de 2014.

terça-feira, 4 de março de 2014

Feridas

Hoje, graças a um cão mal humorado, minha sobrinha ganhou mais um machucado. Pequeno é verdade, foi tratado devidamente e feito curativo. Amanhã será só mais uma lembrança e no próximo fim de semana nem isso.

Crianças sadias e ativas são assim, sempre com pequenos machucados: joelhos esfolados, pés cortados, arranhões em toda parte. É o preço de dias cheios de atividades e brincadeiras, mas, com tratamento e com o tempo, somem.

Quando adultos, nossos ferimentos são internos. São feridas na alma causadas por amargura, por culpa e solidão e, por não sabermos como tratá-las, elas sangram e causam muita dor.

É preciso tratar urgentemente. O curativo é amor, aceitação e paz.

04 de Março de 2014.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Sofrimento

O mais difícil em escrever este blog é o meu egoísmo. O prazer de encontrar palavras bonitas para descrever que algo é certo ou errado. Quando percebo isso, minha aflição aumenta, afinal, eu não posso fazer isso, quem sou eu para dizer o que é certo ou não? E isso, também é a minha parte humana e egoísta me confundindo.

Minha consciência me trai e eu fico travado, sem assunto, sem motivação e estressado. Nessa hora eu paro com tudo, apago os rascunhos, resisto ao meu ego e deixo que o coração me dite as palavras.

Toda carga de sofrimento que insistimos em carregar é por causa do nosso egoísmo. Nunca estaremos certo, nunca saberemos o que é errado por que queremos satisfazer somente ao nosso ego. Se esvazie, tenha coragem de ouvir e seguir o coração, ele não erra.


23 de Fevereiro de 2014.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Desigualdade

Toda criança gosta de uma boa fábula. Eu não era diferente, mas, tinha uma que eu não gostava: A tartaruga e a lebre. Na famosa história os dois animais disputavam uma corrida e, para surpresa de todos os animais da floresta, a tartaruga foi a vencedora. Tinha várias lições de moral: sobre a persistência e também sobre a soberba.

Eu não gostava porque é impossível uma tartaruga ganhar de uma lebre no habitat da lebre, em terra firme. A disputa não é justa. O coelho é preparado para sobreviver e correr naquele ambiente e sendo assim, na minha ingênua opinião de criança, a tartaruga, mesmo cruzando a linha de chegada bem depois da lebre, não poderia ser considerada perdedora.

E hoje, nossa cultura exalta e prestigia os vencedores. O problema é que, quem não é vencedor só pode ser o perdedor e, como tal, tem que ficar por baixo, aceitar que ali é o seu lugar. Tá errado. Não podemos tratar como perdedores quem não tem as mesmas oportunidades dos vencedores.

16 de Fevereiro de 2014.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sim

Sou fã dos Rolling Stones, dos Beatles, de Mick Jagger e de John Lennon. Sou um em milhões, mas, também sou fã de Yoko Ono, a viúva de John Lennon, e eu não conheço nenhum outro fã dela. Para falar verdade, para a maioria das pessoas, o único fã de Yoko era John Lennon.

A história dos dois começa com uma exposição de Yoko, na obra batizada de Ceiling Painting (Yes Painting). Consistia numa escada, no topo dela, no teto, uma tela aparentemente em branco, e uma lupa pendurada. John subiu a escada e, ao observar o quadro, notou que havia algo ali, pegou a lupa que estava dependurada, apontou para o quatro e leu a palavra “yes" (“sim” em inglês).

Mesmo sem conhecer a artista, parece que John se apaixonou.

E gente ouve tantos “nãos” nesta vida, tanto pessimismo, tanta negação que o mais minúsculo “sim” pode fazer a diferença de uma vida.

E você, diz mais “não” ou mais “sim”?

27 de Janeiro de 2014.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Ponte

Havia um córrego na chácara em que morava na infância. Em alguns trechos era difícil de cruzá-lo e o meu pai fez uma pequena ponte com troncos de árvores. Muito simples, mas havia até corrimão, e eu a achava linda. Eu a cruzava de um lado para o outro, várias vezes, era meu brinquedo novo e, como tal, me fazia feliz.

E às vezes, a gente fica à margem da vida, sozinho e triste, separados pelo rio da indiferença, pelo esquecimento, pelo egoísmo, por nossa imperfeição humana: a maldade.

E o que a gente faz?

É preciso construir uma ponte chamada Amor, com um corrimão chamado Esperança.

“Like a bridge over troubled water, I will lay me down” - Simon & Garfunkel

12 de Janeiro de 2014.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Calor

Semana de muito calor e todo mundo só pensa em se refrescar. Piscina, ar-condicionado, sombra e água fresca é o que todo mundo lembra é o que todo mundo quer. Tudo que possa combater o calor e trazer conforto.

E com razão, o aumento excessivo da temperatura do corpo pode trazer muitos malefícios à saúde.

Da mesma forma que busco alternativas para combater a alta temperatura e seus malefícios, tenho que buscar soluções para todos os sentimentos que me deixam de “cabeça-quente”: raiva, estresse, ansiedade, medo etc. Procuro abrigo em um lugar de sombra fresca e refrigerado de paz: o coração.


04 de Janeiro de 2013.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Primeiro de Janeiro

Eu adoro o dia primeiro de janeiro. Esperança está no ar, todo mundo feliz, muitos planos, otimismo em alta e a confiança que tudo irá mudar para melhor, que os problemas serão resolvidos etc e tal.

E só o fato de ter esperança já um grande e excelente começo. A confiança que tudo vai dar certo é o estímulo para começar ou recomeçar, para criar ou recriar, para inovar. Vá em frente.

Eu desejo a todos um ótimo 2014, melhor, eu desejo que todos os seus dias sejam de ano novo, que ele recomece a cada amanhecer, que a esperança renasça todos os dias, que se inove a cada clarear do dia.

Feliz todos os dias!


01 de Janeiro de 2014.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Travar

Todo mundo sofre com o Trabalho de Conclusão de Curso, o famoso TCC. Não foi diferente comigo, mas eu meus colegas nos esforçamos para fazer algo apresentável, inclusive com plano “B” e cansativos ensaios.

E eu sabia tudo, cada parágrafo, cada vírgula daquele projeto e todo mundo confiava em mim. Na apresentação eu falaria pouco para bancada de jurados e depois voltaria para operar o datashow. Nesta parte, por um segundo me distrai, esqueci de passar um simples slide, esqueci de apertar um botão e precisei ser cutucado por outro colega. No final deu tudo certo.

Quantas vezes a gente se dedica tanto a um assunto, a um tema e nos tornamos peritos. Confiantes que não vamos errar, deixamos de arriscar um improviso, um insight, algo que nos faça diferente, algo que surpreenda este mundo tão igual. Não se iluda, você pode ser um perito e mesmo assim “travar”. Arrisque mais.

14 de Dezembro de 2013.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Vitamina

Coisa de mãe. Quando criança minha mãe tinha o cuidado ou mania de nos dar vitamina e até hoje eu não sei se elas funcionaram. Eu sei que elas não fortaleceram os meus músculos. Talvez me motivaram a correr e brincar com outras crianças, me deram ânimo para levantar a cada tombo e sacudir a poeira. Claro que toda essa atividade deixou meu corpo mais forte.

E talvez a vitamina não seja para criar músculos, mas para nos dar motivação e ânimo.

Eu aprendi, hoje minha vitamina se chama Gratidão.

12 de Dezembro de 2013.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pesado

Sempre que me perguntam sobre o peso da bateria eu respondo que depende da distância que pretendem carregá-la. Na embalagem diz que pesa 10 kg, porém, após carregá-la por alguns metros, você sentirá como se fosse o dobro, se andar por uma quadra ficará insustentável. É preciso parar, tomar fôlego e prosseguir.

E ás vezes temos pequenas preocupações que, num primeiro momento, parecem banais, mas não desistimos delas e continuamos pensando e de banal vira ansiedade, depois tira o nosso sono e, já estafados, nos paralisa de medo.

Antes que isso aconteça, pare. Busque aquela paz que existe dentro de nós (alguns chamam de Deus), agradeça por tudo e peça o que precisa. De fôlego renovado, tudo fica mais leve.

10 de Dezembro de 2013.

domingo, 8 de dezembro de 2013

"Selfie"

"Selfie", a mais nova palavra no dicionário inglês, significa o ato de se autofotografar usando o smartphone ou tablet em frente ao espelho. Ainda não fiz a minha, mas é só questão de tempo e oportunidade, podem aguardar.

Tão fácil e prático, não precisa de mais ninguém só de um espelho, vestimos para nós mesmos, fazemos poses para nós mesmos, mandamos beijos e acenamos para nós mesmo e, depois, mostramos para o mundo.

Triste realidade dos dias atuais. Tão ocupados com nós mesmos, não olhamos mais para fora, para o mundo, para o próximo. E há tanta coisa que precisa ser mostrada, que precisa de acenos, que precisa de beijos, que precisa de amor.

08 de Dezembro de 2013.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Empatia

Quando criança, eu não gostava do lanche servido na escola. Não gostava da cor, do sabor, da consistência e simplesmente não o comia. Achava engraçadas as crianças que gostavam tanto daquele lanche e simplesmente não entendia a expressão “ir para escola só para comer a merenda”.

Esta situação mudou no segundo grau, quando comecei a trabalhar e passei a estudar à noite. Salário mínimo, ônibus lotado e, passadas 9 horas da última refeição, eu comeria até pedras e nunca mais recusei o lanche servido.

Os que comem bem, dormem bem e têm boas casas acham que se gasta demais em políticas sociais”. – José (Pepe) Mujica

07 de Dezembro de 2013

domingo, 1 de dezembro de 2013

Destruir

Construí várias cidades, cheias de avenidas, ruas com cruzamento, praças e parques no quintal onde morava quando criança, tudo feito com pedrinhas e areia. Levava horas, as vezes dias para construir tudo e bastava uma chuva mais forte, algum animal que resolvesse ciscar ou cavar ou uma criança mais mal-humorada para destruir tudo. Aí a gente aproveitava para reconstruir tudo de forma diferente.

É muito mais fácil destruir do que construir, mas você sempre pode recomeçar e fazer melhor.


01 de Dezembro de 2013.

domingo, 24 de novembro de 2013

Reconhecendo

À medida que estreitamos nossos relacionamentos, não é preciso o contato visual para reconhecer as pessoas, basta a voz. Reconhecemos uma pessoa querida ao ouvir o seu "Alô?!". Não é verdade?

À medida que envelheço vou melhorando meu relacionamento com o Divino. Sei que Ele conversa comigo através dos pensamentos, o problema é reconhecer a voz certa. Quando jovem seguia muito uma voz que hoje eu chamo de Ego (meu principal inimigo), atrasava minha felicidade, escurecia o meu caminho, afligia meus pensamentos.

Como eu disse, melhorei o meu relacionamento com o Divino, e com esta melhora, aprendi a reconhecer Sua voz, percebo que Ela vem do coração e sabe do que eu preciso. Ainda erro de vez em quando, não é um problema de audição, mas de relacionamento: quanto mais íntimo, mais reconheço.


24 de Novembro de 2013.

domingo, 17 de novembro de 2013

Oposto

Falo muito neste blog sobre o Amor, de como é importante em tudo e também falo muito sobre o medo, que trava a gente, impede nossa caminhada. Inclusive, em publicações recentes, disse que o Amor é um templo e completei que o medo é uma sepultura.

O medo justifica as armas, o Amor determina a paz. O medo de perder é o apego, amar é libertar. O medo reage, o Amor cria.

O que eu quero dizer é que o oposto do Amor é o medo.

17 de novembro de 2013.

domingo, 10 de novembro de 2013

Afogado

Quando criança, no verão, era um costume da família passar o domingo na represa do Guarapiranga, que era muito próximo de casa. Lembro de um dia em que corria na água e caí num buraco e, por não saber nadar, afundei. Foi algo muito rápido, lembro de ver muitas bolhas, da sensação de desespero, mas, por sorte, meu pai estava perto e me puxou antes de me afogar.

Ainda bem que eu era pequeno, se eu fosse maior e no meu desespero por conseguir ar, talvez eu arrastasse meu pai para o fundo comigo. É muito difícil salvar alguém de um afogamento, a pessoa tem que confiar no seu salvador.

Assim, quando estivermos afundando, a melhor maneira de sermos resgatados é confiar em nosso Salvador e deixarmos sermos puxados para superfície.


10 de Outubro de 2013.

sábado, 2 de novembro de 2013

Oposto

Não fui uma criança que poderia ser chamada de medrosa. Não tinha medo de animais, de lugares altos, de escuro mas uma coisa eu tinha pavor: ser fechado em um lugar apertado, pequeno. Nunca consegui me esconder em armários, não conseguia atravessar tubos, até aqueles de playground, mesmo elevadores me dava um certo receio. Só de imaginar em uma situação de confinamento, o ar me faltava, sentia pânico.


Assim é o medo. Ele nos aprisiona, ele nos confina.


E se na publicação passada eu disse que o amor é um templo, o medo é uma sepultura.


02 de Novembro de 2013.

domingo, 27 de outubro de 2013

Templo

Engraçado como sempre me sinto seguro em igrejas, templos, santuários ou algo do tipo. Não sinto ansiedade, nem angústias ou medos, sinto só paz. E até hoje, sempre que o medo aperta é num lugar destes que encontro o meu equilíbrio, onde me acalmo. 

Engraçado como um lugar aberto, onde qualquer um pode entrar, possa trazer segurança e eu não sei o porquê disso, eu não vou conseguir explicar em palavras.

Nem sempre teremos um lugar destes para nos abrigar quando o medo, a ansiedade e a angústia nos apertar, mas, há um sentimento que nos protege de tudo isso, nos abriga, nos acolhe e faz com que irradiemos isso a quem estiver por perto. Este sentimento se chama Amor. Sim, o amor é um templo.

27 de Outubro de 2013.


sábado, 12 de outubro de 2013

Densidade

Quem, quando criança, não se perguntou por que pedrinhas minúsculas e leves afundam imediatamente na água e uma peça enorme feita de isopor, por mais pesado que seja, não conseguimos afundar nem com muito esforço? 

É, eu me perguntei muitas vezes e quer saber de uma coisa? Falar sobre densidade (o que faz ou não objetos afundarem) é muito chato.

O que eu sei é que pequenas tristezas são densas e nos arrastam para baixo, para o fundo. Ser alegre é ser leve, e a alegria se espalha, seu volume expande, contagia quem está por perto e serve como a balsa que salva a quem está se afogando.

12 de Outubro de 2013.

sábado, 21 de setembro de 2013

Sem palavras


E depois de tanto tempo escrevendo rotineiramente, este blog ficou mudo, sem palavras, se silenciou. Não houve problemas, não houve cansaço, não houve desânimo, simplesmente me deu vontade de ficar quieto.

No vazio, na falta das palavras, eu percebi que o mais importante é ouvir o silêncio. É nele que encontro as respostas, nele que eu encontro o perdão, nele que encontro o amor.

E quando ficamos em silêncio, quando nos falta as palavras, não quer dizer que estamos ausentes, que não nos preocupamos. É no silêncio que fazemos as mais sinceras orações. É no silêncio que calamos nosso ego e ouvimos nosso coração.

Silencioso, porém sempre presente.

21 de Setembro de 2013.

domingo, 18 de agosto de 2013

Acumulador

Acumulador elétrico é outro nome para nossas baterias de carro, mas, ao contrário do que o nome diz, ela não acumula energia, ela a produz através de reações químicas. Uma caixa com chumbo e ácido sulfúrico, mas que produz energia.

Uma bateria descarregada não serve para nada, inicia-se um fenômeno conhecido como sulfatação e que, se não for revertido com uma carga lenta, ou seja, recebendo uma corrente elétrica, os próprios elementos da bateria se consomem.

E às vezes, como uma bateria descarregada, transformamos o que foi bom em ácido que nos consome internamente, pesados, como chumbo, permanecemos estáticos, aceitando a corrosão. Se reative, recarregue-se com boas energias e continue gerando a vida.


18 de Agosto de 2013.

sábado, 3 de agosto de 2013

Roteador

E nas casas modernas são tantos aparelhos conectados compartilhando fotos, músicas, filmes, vídeos. Um tal de wi-fi que invisivelmente transporta o entretenimento de um computador para um celular, da internet direto para TV ou para o vídeo-game. E eu não entendo como essa mágica tecnológica acontece. Vejo só luzinhas piscantes numa caixinha com antena. Pequena, imóvel mas que transporta a alegria.

Eu quero "pessoas roteadoras" que mesmo imóveis, irradiem sua energia positiva a quem estiver por perto, livre para quem estiver disposto a receber. Talvez não haja tecnologia e com certeza também não saberei explicar, mas é possível, eu sinto.

03 de Agosto de 2013.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Compostagem

Parece que virou moda a compostagem. Que bom. Desde jovem conheço o processo, só que não sabia o nome. Consiste em separar a parte orgânica do lixo: folhas, cascas, sementes, caroços, etc, depositar em caixas, baldes ou mesmo em uma vala se houver espaço. A técnica é simples e, ao contrário que se imagina, não produz cheiro ruim e no final, você transforma tudo aquilo em alimento para as plantas, gera vida.

E todos os dias, naquele instante antes de deitar, quando em oração agradeço pelo dia, eu inicio um processo de compostagem espiritual. Pego todas minhas lembranças, os sorrisos, as lágrimas, a raiva, as angústias, as alegrias, tudo aquilo que o meu ego criou, acomodo tudo em meu coração, deixo lá, curtindo, fazendo com que as "minhocas da minha cabeça" o revire, deixando que se transforme e que no final, torne a ser simplesmente, vida.

15 de Julho de 2013.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Terçol

Acordei com dor no olho. Já sabia o que era mesmo antes de examinar em frente ao espelho: terçol. Dorzinha chata, um pequeno inchaço e vermelhidão que deve ser tratada com compressas quentes. O calor ajuda a drenar a infecção eliminando o problema.

E às vezes somos infectados por medo e não tratá-lo o faz aumentar. Maior o medo, maior a dor.

A fé, a esperança e o amor são compressas quentes que expelem este mal da gente.

09 de julho de 2013.

domingo, 30 de junho de 2013

Desejo

E não tem nada de mais desejarmos o que for bom para nós. E já falei muita vezes aqui que o desejo é um sentimento importante, que tem muita força, que nos leva a ação e geralmente conseguimos tudo aquilo que desejamos (e por isso sempre digo: cuidado com que você deseja).


O "desejo de receber" atrai e puxa energia. O perigo mora quando aparece o "desejo de receber somente para si mesmo". Este funciona como um buraco negro que consome tudo à nossa volta, e que nem mesmo nossa própria luz escapa.

Cuidado com esse segundo desejo, é o adversário nos controlando.

30 de Junho de 2013.

domingo, 23 de junho de 2013

Adversário

Por que a gente conhece o jeito certo de agir e não age? Por que conhecemos o caminho e não o seguimos? Por que sabemos o que faz bem e preferimos o que nos prejudica?


Parece que não estamos sozinhos. Há um adversário. É ele que te faz adiar aquela dieta saudável. É ele que provoca o ódio, enquanto disseram que o amor é bom. É ele que te faz escolher o atalho e não seguir o caminho certo.

Este adversário quer que você rompa a resistência que produz luz, em troca de um clarão intenso, porém rápido e que fará você reagir cada vez mais, em busca de satisfação rápida.

Escolha resistir, agir por algo duradouro, pare de reagir, pare de ouvir o adversário.

23 de Junho de 2013.