Quando tocava a última faixa era necessário ficar atento, pois a agulha ia direto pra etiqueta que existia naqueles discos ou ficava girando sem parar até que alguém levantasse o seu braço e o retornasse à sua posição de descanso.
Nossa vida muitas vezes se repete negligentemente, fica num ciclo sem fim, dando voltas a esmos pelos mesmos erros. Talvez a vida seja como nossa antiga “radiola”, ficava girando a esmo, sem tocar nada, até que eu percebia isso e a colocava para tocar uma nova música.
26 de Fevereiro de 2010.
4 comentários:
Neto, eu tenho umas destas "radiolas" aqui em casa. Ganhei de um irmão e acabou virando peça de decoração. É vermelha da Philips. Foi muito boa a analogia que você fez. Vou acrescentar algo para nossas reflexões: muitas vezes acabamos de ouvir pela "radiola" uma linda música e quando ela acaba, queremos continuar a ouví-la chegando até um ponto de esgotamento de sua beleza pelo cansaço das seguidas repetições. Assim também somos nós quando buscamos esgotar todas as possibilidades em relação às coisas e pessoas de quem gostamos. Nos esquecemos o quanto é bom curtir uma ausência, uma saudade e um gostinho de "quero mais". Melhor mesmo é guardar as mais lindas melodias, a trilha sonora de nossas vidas, para um dia especial de festa.
Beijos e ótimo domingo!
Vera
Radiola eu nunca tive... mas uma vida que por vezes tocou de forma semelhante a agulha na etiqueta, ah sim! Mas o que não é o inconsciente não é mesmo? Demora um pouco, mas a gente se 'toca' (trocadilho coube bem aqui)e troca o disco, muda de direção, acerta, quem sabe...
Nossa Neto!!! Prefeito!! É isso mesmo... Se nós não levantarmos o braço da agulha para trocar o disco, ele não vai levantar sozinho, ficará girando assim como nós sem mudar nada em nossas vidas! Muito bem colocado como sempre!! Assim como o comentário da Vera!! Bjs a todos!! Saudades...
Adorei aqui... Interessante seus textos. *:
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