Quem não gosta de garapa (para alguns, caldo de cana)? Na minha infância e juventude, na época que morávamos na chácara, sempre colhíamos cana e moíamos no engenho (moenda ou moinho para alguns) do nosso vizinho.
Dava um certo medo de
operar o engenho, dele prender nossos dedos e estraçalhá-los, mas, com o
cuidado necessário, a garapa era deliciosa e ainda sobrava para fazer o melado.
Tem gente que compara o
mundo como um moinho e talvez ele seja mesmo. Estraçalha nossos sonhos, nossa
vida, deixa só o bagaço. Acho que tudo é transformação, mesmo que sejamos pegos
nesse engenho, ainda podemos escolher se somos o bagaço ou se nos tornamos néctar.
18 de Novembro de 2012.
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