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sábado, 20 de setembro de 2025

RETRATO


Eu faço retratos. Não por acaso, mas por necessidade. Preciso dessas imagens para alimentar a alma: são elas que guardam a verdade que vejo nas pessoas. Não me interessa a pose ensaiada, copiada de revista ou da internet. Isso, para mim, é superfície.

Quero é ir além. Quero que a fotografia traduza a pessoa inteira. Cada detalhe importa: a luz, as sombras, a paisagem ao redor, até os objetos que aparecem no enquadramento. Nada está ali por acaso. Cada elemento é uma peça da transcrição do retrato, como se fosse uma língua secreta capaz de revelar o que as palavras não alcançam.

No meu entender fotografia é isso. Não é apenas um registro, mas uma tradução. Uma tentativa de congelar em imagem a essência de alguém, transcrever meu sentimento por essa pessoa no instante em que aperto o disparador.


20 de Setembro de 2025.

sábado, 2 de julho de 2022

RITMO

Sempre soube que não seria fácil recomeçar esse blog. Não falta vontade de escrever, mas, a cadência de anos escrevendo aqui semanalmente faz falta. O blog tinha um ritmo. Os textos fluiam como uma música bonita que saia dos meus pensamentos, se transformava em palavras que eu escrevia aqui como se fosse uma dança. Depois de um silêncio de anos, talvez eu preciso buscar este ritmo perdido.

A vida é ritmo. É a batida do coração. É respiração e inspiração. São os passos da caminhada. Às vezes num compasso mais rápido, outras de forma lenta, mas sempre fluindo, sempre em frente.

E se a vida é ritmo, façamos dela uma dança. Que seja bonita. Às vezes suave, outras intensa, mas que possamos ser verdadeiros na melodia.

02 de Julho de 2022.

 

sábado, 11 de junho de 2022

Voltar (Ho’oponopono)

Desde 2019 eu não voltava aqui. Na verdade o blog já tinha parado em 2018. Não faltava o que escrever, mas, achava que faltava olhos para lerem o escrito.

"_ Um dia eu volto". Mas a gente não volta, a gente só continua, a gente segue o destino, a gente caminha pra frente. Buscamos o futuro. A gente só volta quando sente saudade. Quando sente falta.

Eu sinto falta do que eu era. Tenho saudade do que eu fui. E quando a dor do sentir falta é muita, a gente volta.

Aqui eu escrevia para você, leitor, mas, conversava comigo. Refletia sobre o que eu via, sobre o que eu lia, sobre o que eu sentia, principalmente, sobre o que eu aprendia.

E conversando comigo através das palavras que escrevia para você, eu me enchia do melhor sentimento que existe. E quando gente se enche, transbordamos e encharcamos quem próximo está.

Converso comigo:
Sinto muito (eu não devia ter parado). Me perdoe (por ter esquecido o poder que isso tinha). Eu te amo, Universo (por ainda produzir em mim a inspiração). Eu sou grato por tudo que senti, passei, aprendi, transmiti.

11 de Junho de 2022.

sábado, 14 de abril de 2018

Efeito

Eu já falei aqui do poder das palavras, tanto para o bem quanto para o mal, acho que no segundo caso o poder é ainda maior. Também já falei da responsabilidade que temos quando vamos escrever ou falar sobre outras pessoas.

Em alguns casos, eu falei também de causa e efeito, de atos e consequências.

Preciso reforçar que estes conceitos estão ligados. Quando usamos palavras más para falarmos de pessoas colocamos em movimento o conceito de causa e efeito.

Destruir a personalidade de uma pessoa, destruir sua autoestima é tão negativo como cometer um homicídio. Nossa responsabilidade.

“Não matarás!”, mandamento bíblico do velho testamento. Ele não foi escrito por acaso. Interpretar textos é importante.

14 de Abril de 2018.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Fome

Na infância, já um tanto longe na contagem de luas, meses, anos, décadas, mas tão perto na lembrança, ajudei minha família plantando sementes, cuidando da lavoura e colhendo os alimentos crescidos. Para cada semente plantada, aplaquei minha fome e de outras bocas, várias vezes.

Nunca percebi a importância disso. Poucas sementes, um certo cuidado e alimento suficiente para acalmar vários estômagos.

Hoje, a minha alma está faminta. E, como a outra fome, dói, agoniza, desespera.

Por isso, semeio palavras. Quero colher e compartilhar conhecimento. Saciar.

17 de Dezembro de 2016.

sábado, 30 de julho de 2016

Ideia


Adolescente paulistano, achava engraçado a forma que parentes do interior da Bahia falavam. Muitas palavras novas, algumas ditas de formas diferentes, o sufixo diminutivo “inho” virava “im”: “cafézim”, “pequenim”, “azuzim”. Juro que mais do que engraçado, eu achava bonito ou “bunitu”, como eles diziam. Via bastante charme naquele sotaque.

Mas, os significados, ah! isso sim, era interessante. Uma vez, ouvi um tio-avô dizer “-Fulano perdeu a ideia! ”. Demorei para entender. Que ideia era essa? No meu jeito paulistano de pensar, ideia era algo que surgia para resolver um problema, inventar uma brincadeira. Ideia era aquela coisa fantástica de descobrir ou criar algo bom.

Como alguém perde a ideia? Quebrava a cabeça em busca do significado. Será que não seria “roubaram a ideia”? Prestei mais atenção no rumo da conversa e aprendi uma coisa genial: “Perder a ideia”, para meu querido povo do interior baiano, era “perder o juízo”, “enlouquecer”, “ficar doida”.

E nós, cheios de conhecimento, mas, vazios de entendimento, buscamos a ideia que nos salvará, que nos tornará importantes. Achamo-nos inteligentes, não notamos que somos todos loucos que buscam a lucidez. E que chegue a ideia. Que se faça a luz!

30 de julho de 2016.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Incompleto

Sabe aquela xícara que você enche com sua bebida preferida, quase transbordando? Não vê a hora de sorver aquela delícia e se lembra de que você gosta dela bem doce, mas, se esqueceu de colocar açúcar.

A xícara que transborda não aceita mais nada. É preciso esvaziar um pouco, mesmo que isso signifique beber o que ainda não lhe é agradável.

Muitas vezes, em minha soberba, acredito que posso escrever este blog com facilidade, completo de conhecimento, não me faltarão assuntos ou abordagens, mas, ao contrário, me falta as palavras. Cheio do que achava ser conhecimento, não sobra espaço para aceitar que o conhecimento não nasceu comigo. Então, reconheço que mesmo cheio não sou completo, me esvazio, me desinflo para que eu possa aceitar mais um pouco do sopro divino e, só assim, ter o que dividir, ter o que compartilhar.

08 de Fevereiro de 2015.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Em outras palavras

Quero viajar em cada pensamento que tive, em cada momento do passado. Em cada tombo e em cada avanço.

Viajar pela escuridão da tristeza e encontrar a luz da felicidade.

Viajar pelos momentos em que o medo foi grande, mas, que me ensinaram que bastam poucos segundos de coragem.

Lembrar dos momentos de dor e poder dizer “isso passa”. Lembrar dos momentos de êxtase e também dizer "isso passa".

E de cada passo dessa jornada, de cada curva do caminho, tirar uma lição.

Em outras palavras, vou escrever um blog.

31 de Janeiro de 2016.

domingo, 4 de outubro de 2015

Espantalho

Muito criança lembro-me de uma primavera e uma jabuticabeira carregada com suas frutas maduras e doces. Pena que não era só nós que apreciávamos o fruto. Pássaros começaram dividir as frutas com a gente, meninos descalços, cabelos despenteados, corpos quase nus.

Minha mãe, para que sobrassem mais jabuticabas para nós, arrumou um chapéu de palha velho, uns trapos que já foram roupas e vestiu um pau amarrado em forma de cruz. Ficamos curiosos. Ela nos disse que seria para espantar os pássaros.

Eu quase ri. Como aquele pau vestido com roupa velha, com chapéu de palha, de braços abertos, iria impedir os pássaros de se deliciarem com as jabuticabas? Porém, funcionou.

E às vezes pessoas vazias de sentimentos nos assustam com palavras, igual a um espantalho para os pássaros, colocam o medo em nossa mente, impedindo assim, que consigamos o néctar da vida.

Lembre-se, são somente trapos amarrados.

04 de Outubro de 2015.

domingo, 30 de agosto de 2015

Óculos

Há algum tempo tenho sentido dificuldades em ler. Tudo ficava meio enuviado, embaçado, tinha de apertar os olhos para identificar as letras e palavras. Receitas, caixas de remédios e as famosas “precauções” já não enxergava nem apertando os olhos.

Adiei bastante a visita ao oftalmologista, pois, tirando esta dificuldade em ler letras pequenas ou em lugares de pouca luminosidade, eu ainda enxergava bem. Via o horizonte, não me atrapalhava caminhar e dirigir ou reconhecer as pessoas.

Peguei meus óculos nessa segunda-feira e me surpreendi com a diferença, agora eu vejo e leio tudo, não importa o tamanho da letra e, quando achava que faltava iluminação, na verdade, faltava visão. Agora as letras são grandes, ampliadas e nítidas.

Instrumentos legais os meus óculos, ampliaram minha visão para perto. O longe? Ainda não preciso de óculos prá isso, mas sei que o amor também aumenta a visão e os horizontes.

30 de Agosto de 2015.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Camarote

Domingo de corrida em Interlagos, pouco tempo atrás, era sinônimo de encontro de amigos na laje para verem a corrida (pedacinhos dela) de graça. Cada um levava alguma coisa, carne, bebidas, doces e a alegria da comunhão que, em outras palavras, significa amor.

As lajes da favela continuam cheias em domingos de F1. Alguns felizes por pagarem pouco e outros felizes por receberem muito. Comunhão?! Não. Aqui assiste quem tem dinheiro, amigos ficam para outros domingos. As lajes da comunidade se tornam camarotes, onde se recebem os “gringos” com seus dólares e euros.

No Rio de Janeiro, a melhor vista da cidade maravilhosa ficava nos morros, no meio da comunidade. Ali se tinha pouco dinheiro, em compensação, a vista era boa e de graça.

Com a “pacificação” um fenômeno se iniciou. Estrangeiros endinheirados começaram a comprar casas na comunidade. O preço é barato para quem paga, mas, suficiente para iludir quem vende, pois, em pouco tempo, descobrirá que o que recebeu só dá para comprar um barraco num lugar mais afastado e pior.

Acontece o mesmo no carnaval de Salvador, nas praias de Trindade e Trancoso e em tantos outros lugares.

E assim, ao invés de agregar, de comungar, nós separamos, pior, segregamos. Quem pode mais se apossa e expulsa quem não pode tanto.

Se comungar é amor, como a gente chama a segregação?

11 de Janeiro de 2015.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Sofrimento

O mais difícil em escrever este blog é o meu egoísmo. O prazer de encontrar palavras bonitas para descrever que algo é certo ou errado. Quando percebo isso, minha aflição aumenta, afinal, eu não posso fazer isso, quem sou eu para dizer o que é certo ou não? E isso, também é a minha parte humana e egoísta me confundindo.

Minha consciência me trai e eu fico travado, sem assunto, sem motivação e estressado. Nessa hora eu paro com tudo, apago os rascunhos, resisto ao meu ego e deixo que o coração me dite as palavras.

Toda carga de sofrimento que insistimos em carregar é por causa do nosso egoísmo. Nunca estaremos certo, nunca saberemos o que é errado por que queremos satisfazer somente ao nosso ego. Se esvazie, tenha coragem de ouvir e seguir o coração, ele não erra.


23 de Fevereiro de 2014.

domingo, 27 de outubro de 2013

Templo

Engraçado como sempre me sinto seguro em igrejas, templos, santuários ou algo do tipo. Não sinto ansiedade, nem angústias ou medos, sinto só paz. E até hoje, sempre que o medo aperta é num lugar destes que encontro o meu equilíbrio, onde me acalmo. 

Engraçado como um lugar aberto, onde qualquer um pode entrar, possa trazer segurança e eu não sei o porquê disso, eu não vou conseguir explicar em palavras.

Nem sempre teremos um lugar destes para nos abrigar quando o medo, a ansiedade e a angústia nos apertar, mas, há um sentimento que nos protege de tudo isso, nos abriga, nos acolhe e faz com que irradiemos isso a quem estiver por perto. Este sentimento se chama Amor. Sim, o amor é um templo.

27 de Outubro de 2013.


sábado, 21 de setembro de 2013

Sem palavras


E depois de tanto tempo escrevendo rotineiramente, este blog ficou mudo, sem palavras, se silenciou. Não houve problemas, não houve cansaço, não houve desânimo, simplesmente me deu vontade de ficar quieto.

No vazio, na falta das palavras, eu percebi que o mais importante é ouvir o silêncio. É nele que encontro as respostas, nele que eu encontro o perdão, nele que encontro o amor.

E quando ficamos em silêncio, quando nos falta as palavras, não quer dizer que estamos ausentes, que não nos preocupamos. É no silêncio que fazemos as mais sinceras orações. É no silêncio que calamos nosso ego e ouvimos nosso coração.

Silencioso, porém sempre presente.

21 de Setembro de 2013.

domingo, 8 de abril de 2012

Via dolorosa

Nesta época de Páscoa, o que mais me comove são as lembranças da Via Dolorosa ou Via Crucis, o último trajeto percorrido por Jesus.

Este sim, em minha opinião, é o verdadeiro significado da Páscoa.


Em determinados momentos de nossa vida seremos julgados e condenados por pessoas que não nos entende, quem poderia nos defender se omite, no caminho, seremos atingidos e feridos por palavras e cansados, podemos cair algumas vezes, alguns desconhecidos podem nos ajudar em algum trecho (nem sempre por piedade, talvez por obrigação), outros enxugarão nosso suor e tentarão aplacar nossa sede, e nossa família estará lá sofrendo conosco.


Mas, apesar de toda essa dor, no final você renasce, mais forte.


08 de Abril de 2012.

domingo, 1 de abril de 2012

Twitter

Há quase quatro anos uso o microblog twitter. Andei um pouco afastado de lá, um dos motivos foi falta de tempo e o fato de meus amigos preferirem o facebook. Este segundo, concordo, é muito mais fácil de interagir, você publica fotos, compartilha vídeos, convida para eventos e deixa recados longos.

No twitter, você precisa dizer o que quer usando, no máximo, 140 caracteres. Esta limitação às vezes pode nos cansar, resumindo, encurtando frases, excluindo palavras, até conseguir publicar, mas, há uma vantagem: Você escreve somente o necessário.

No milagre do dia-a-dia, usamos vários artifícios para encontrar a paz. Rezamos, fazemos ioga, meditação, vamos a cultos religiosos, relacionamo-nos com pessoas, entramos nos mais diversos grupos. E, depois de tudo isso, aprendi que só preciso de uma coisa. Amar o próximo como a mim mesmo.


01 de Abril de 2012.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Empacado

São 22h16 do domingo. Cansado, indisposto, com muitas dores, cansado e ciente que terei uma semana de bastante trabalho e com muitas coisas para resolver, não consigo pensar em nada para escrever aqui. Tentei por um longo tempo pensar em algo sem encontrar nenhum assunto. Mudei as prioridades: desisti de pensar em algo e resolvi deixar as palavras fluírem.

Funcionou e já estou no segundo parágrafo.

Às vezes, é preciso deixar de lado esta nossa necessidade de orientar as coisas ao nosso modo e permitir que o fluxo divino nos guie até onde devemos chegar.

11 de Dezembro de 2011.

sábado, 25 de junho de 2011

Orientar

Algumas vezes eu olho as publicações anteriores e parece que há uma certa ordem nos temas. Na maioria das vezes não há e é muito provável que se houvesse essa preocupação eu não conseguiria escrevê-lo ou já teria desistido de publicá-lo há muito tempo.

É essa necessidade de orientar as coisas a nosso modo que muitas vezes nos impede de avançar, de terminar o que começamos, que nos frustra, que nos angustia.

Com a consciência que eu não tenho controle sobre tudo, permito que as palavras e os pensamentos fluam naturalmente. Deixo que me guiem pelos caminhos que tenho de seguir.

25 de junho de 2011.


sábado, 9 de abril de 2011

Bullying

Minha mãe deve sentir falta do tempo em que a sua maior preocupação ao mandar os filhos para escola eram eles voltarem com piolhos. Uma lembrança que tenho destes tempos, era de nosso avental (na época não existiam uniformes em escolas estaduais), sempre muito alvo e bem passado, muitas vezes era a peça mais nova de nossa vestimenta, cobrindo roupas simples e algumas vezes puídas.


Várias vezes, estes aventais voltavam com rabiscos, com palavras impublicáveis ou desenhos obscenos. Minha mãe olhava isso, se abatia um pouco e, logo em seguida, desabafa em sua (falsa) ingenuidade: "- Talvez estes aventais branquinhos e bem passados incomodem as crianças que não os tem da mesma forma". Novamente os lavava com alvejante e impecavelmente os passava.


Infelizmente o produto que ela usou para limpar nosso coração e o instrumento para passar e nos moldar o caráter não se pode comprar. Você o doa, e, quando mais o fizer, mais você recebe de volta: Amor.


09 de Abril de 2011.

sábado, 19 de fevereiro de 2011


Acredito que posso escrever. Acredito que nunca me faltará um assunto, uma abordagem, um insight. E por acreditar, eu ligo meu micro, abro o editor de texto, escrevo e publico toda semana neste blog. Mesmo que me falte as palavras, sei que de alguma forma elas surgirão.


É isso. Não tem explicação. Não há um único entendimento. Não há na verdade uma grande batalha. Só há a entrega.


Eu acredito e as coisas acontecem.


19 de fevereiro 2011.