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domingo, 26 de abril de 2015

99%

Não gosto de jogos de azar, não gosto de apostas. Se depender somente da minha vontade, eu não compro nem rifas, a não ser que seja para ajudar alguém ou alguma causa. Dizem que é o meu lado taurino e pão duro agindo. Deve ser verdade.

Vejo as pessoas que se apegam aquela pequena chance de ganhar na loteria. Eu não sou matemático, mas acredito que a maioria dos apostadores tem 1% de chance de ganhar.

Prefiro viver os meus 99% de tudo que posso ser, fazer, conhecer, aprender e presentear. A felicidade não está no 1%, ela é os 99% restantes.

26 de Abril de 2014.

domingo, 19 de abril de 2015

Átomo

Quando criança eu gostava de picotar um papel até chegar no menor pedaço possível. Quando ficava impossível tirar mais um pedaço, ainda assim, eu percebia que ali não era o fim. Eu estava limitado, mas, ainda daria para continuar cortando, só não tinha a tecnologia para isso. Imaginava se havia um ponto indivisível. Ainda não sabia o que era átomos.

Em pedaços muito pequenos, papel é só papel. Não importa se, quando inteiro, era uma tese de doutorado ou pornografia.

No colegial, aprendi o que era a menor parte possível da matéria: O átomo.

E tudo é feito de átomos, inclusive nós. E não existe átomo ruim ou bom, existe átomo.

Uma visão bem simplista do ser humano, mas, o que nos diferencia? A diferença é o que fazemos ou deixamos de fazer depois de formados.

Os cientistas dizem que estamos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que estamos feitos de histórias.” Eduardo Galeano.

19 de Abril de 2014.

domingo, 12 de abril de 2015

Erro

Uma vez, na época em que os ônibus tinham cores diferentes, na pressa de chegar em casa, peguei o ônibus errado. Como a primeira parte do itinerário era a mesma, só percebi o erro quando o ônibus pegou um caminho diferente.

Ônibus estava muito cheio, não tive escolha, fiquei lá sentado, esperando o ônibus esvaziar um pouco para conseguir chegar até a porta de saída, descer, esperar um ônibus que voltasse uma parte do caminho e pegar o coletivo correto.

No erro conheci lugares novos, vi novas paisagens, aprendi novos caminhos.

Mesmo quando erramos a gente sempre aprende alguma coisa nova.

12 de Abril de 2015.

domingo, 5 de abril de 2015

Abandono

“- Eu amo dias de sol.” “- Eu amo meus discos (livros, celular etc).” “‑ Eu amo porque é bom prá mim”.

Quantas vezes eu disse isso, mas também preciso fazer coisas em dias sem sol. Eu gosto dos meus discos, mas, hoje em dia, sem ter onde tocá-los juntam pó, e meus livros, da mesma maneira, estavam na estante.

Amar o que nos é útil é muito fácil, o problema é que este tipo de amor, no fim, se transforma em abandono.

Ame gratuitamente. Ame sem precisar receber nada em troca. Ame por que é bom amar. Ame por que só o amor salva.

05 de Setembro de 2015.