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sábado, 27 de setembro de 2008

Solidão


Quando escrevia o “Berelando...” e na realização deste blog, me permito ficar só pelo menos por 30 minutos. Dou tempo para que meus sentimentos cheguem à ponta de meus dedos e, automaticamente, sejam transportados para esse monitor, no qual você os lê.

Algumas vezes precisamos ficar sozinhos para refletir sobre o que aconteceu, sobre o que a vida nos dá, sobre o que ela nos levou e, principalmente sobre o que ela nos ensinou.

Bem, eu aprendi que ficar sozinho às vezes é bom, pois escutamos nossas angústias e, às vezes, nos são sopradas as respostas que precisamos, mas o que é bom mesmo é sempre ter alguém que nos ouça, ria de nossas histórias, conte casos bons, casos ruins, nos empreste o ombro amigo quando estivermos cansados, que nos dê chance de retribuir o carinho também. Compartilhando o que é bom. Dividindo o que nos pesa na alma.

Como diria Cazuza, “solidão, só se for a dois” – pelo menos.

27 de setembro de 2008.

sábado, 20 de setembro de 2008

Ciclos


No início desde blog eu disse que não sabia se o “Berelando...” voltaria. Decidi. Ele não voltará (ou pelo menos não como era antes).

No milagre do dia-a-dia aprendi a compreender o conceito de “ciclo”. Como tudo na vida, as coisas ocorrem em ciclos, que devem ser “fechados”, encerrados, para que o milagre do “renascimento” surja.

O “Berelando...” foi muito legal, serviu na época para divertir, mas, o seu tempo passou, foi encerrado. Se isso não ocorresse, com certeza, este blog não existiria. No fim de um ciclo inicia-se um novo.

Na vida, como na natureza, as coisas ocorrem da mesma maneira, não devemos “segurar” o momento, forçar a barra, tentar viver algo que não existe mais. Temos que dar espaço ao novo, o nascimento de uma nova fase, a continuação da vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira: Deixe de ser quem era e se transforme em quem é.” - Paulo Coelho

20 de setembro de 2008.

sábado, 13 de setembro de 2008

Presença


Às vezes, não precisamos estar ao lado de pessoas queridas para sentir a presença delas.

Em nossas viagens, na maioria das vezes, as fotos eram tiradas por mim, então, raramente eu aparecia com toda a turma. Na seção “Histórias da Rede” da edição nº 01 do “Berelando” (novembro de 2000), tem uma foto bastante particular. Era uma foto muito legal com o Russo, o Jorge e o Fábio, e foi a escolhida para ilustrar a história. Meus amigos achavam que como eu fazia parte da “Rede Berel” e estava naquela viagem eu deveria aparecer também. Para resolver o impasse, eu fui “adicionado” ao lado de meus amigos com recursos que a tecnologia oferece. Somente nós sabíamos da montagem daquela foto, ninguém suspeitou que fui adicionado a ela posteriormente.

Acho que, como nesta foto-montagem, às vezes não estamos fisicamente ao lado de nossos amigos, de nossa família, das pessoas que amamos, mas não há distância ou tempo que elimine a sensação de estar presente, de estar próximo e isso é o bastante para sentirmos bem, sentirmos que estamos amparados, que não estamos sozinhos.

13 de setembro de 2008.

sábado, 6 de setembro de 2008

Lembranças


É sempre agradável relembrar os bons momentos que tivemos na vida. Tenho feito muito disso aqui neste blog, recordando as edições do “Berelando...”.

É fato que relembrar bons momentos é fácil. Estamos sempre saudosos quando olhamos aquelas fotos de nossa formatura, daquela viagem fantástica, do dia do casamento, do nascimento dos filhos. Ficamos felizes e agradecemos a Deus por termos bons momentos para lembrar.

Algumas memórias tentamos esquecer.

Será que isso é o certo? Acho que lembranças ruins também são importantes. Não devemos esquecer o que foi ruim. Quando isso acontece damos a oportunidade para que ocorra novamente. Se eu esquecer os meus erros, a chance que eu os cometa de novo aumenta.

Eu não posso esquecer que genocídios ocorreram, que crianças passaram fome, que inocentes foram punidos, que o aquecimento global é real.

"Em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria." - Martha Medeiros

06 de setembro de 2008.