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sábado, 28 de junho de 2008

Violência


Às vezes tenho medo de ver o noticiário. Pais que assassinam filhos, filhos que matam os pais, homicídios por incidentes de trânsito, batalhas de sangue por causa de uma partida de futebol, avô que engravida neta, irmão que trai irmão. O que está acontecendo? Onde estão os valores (sejam eles cristãos, islâmicos, judaicos, budistas ou simplesmente familiares)? Quem são os culpados? Quem são às vítimas?

Na edição de Abril de 2001 do "Berelando...", meu amigo José Queiroz fez estas mesmas perguntas em seu artigo “DIGA NÃO (DE VERDADE) À VIOLÊNCIA” e foi um pouco mais além:

“... perceberemos que não só somos vítimas, mas também vitimamos alguém quase toda hora.... sempre que eu deixar de ensinar o meu filho a respeitar os outros, ..., eu estarei permitindo que se cometa uma violência, sempre que eu tocar a buzina do meu carro atrás do motorista que demorou 0,05s para avançar no semáforo, sempre que chamar a atenção do meu filho mais violentamente diante de estranhos ou até mesmo no meio da rua, sempre que eu avançar sobre a faixa de pedestres, se eu buzinar ao lado de hospitais, se atirar sujeira na rua, se deixar de cumprimentar um estranho (estranho como, se são todos filhos de DEUS?), se permitir que alguém sofra com minhas atitudes (ação) ou falta delas (omissão) e tantas outras coisinhas aparentemente simples e ‘toleráveis’ eu estarei cometendo atos violentos e colaborando para a disseminação da violência. ...”

Para refletir:

"Uma das grandes virtudes do homem é saber tolerar." Pensamento judaico.

"Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei; não há amor maior do que dar a sua própria vida aos seus amigos." – Jesus Cristo

"O mais forte é aquele que sabe dominar-se na hora da cólera” – Maomé

"Eu sou o resultado de meus próprios atos, herdeiro de meus próprios atos; os atos são meu parentesco; os atos recaem sobre mim; qualquer ato que eu realize, bom ou mal, eu dele herdarei." - Siddharta Gautama (Buda)

28 de junho de 2008.

sábado, 21 de junho de 2008

Preenchendo lacunas

Hoje estou cansado. No primeiro número, uma edição “piloto”, teve alguns espaços em brancos, que preenchi com histórias que enalteciam valores humanistas, que faziam refletir sobre a vida, porém, sempre preferi textos que tinha como principal característica a simplicidade. Acho que as coisas mais belas são as simples, as que fazem as crianças sorrirem. Quer algo mais belo que o sorriso de uma criança?

Hoje vou transcrever uma história que li e que expressa o que eu disse acima:

Nossa Senhora, com o menino Jesus em seus braços, desceu à Terra e visitou um mosteiro.

Orgulhosos, os padres fizeram fila para homenageá-la; um declamou poemas, outro mostrou iluminuras que fizera para a Bíblia, um terceiro recitou nome de santos.

No final da fila estava um padre humilde, que não tivera chance de aprender com os sábios da época devido a sua infância humilde que tivera com seus pais, artistas de circo. Quando chegou sua vez, os monges quiseram encerrar as homenagens pois tinham medo que ele comprometesse a imagem do mosteiro.

Porém, ele queria mostrar o seu amor pela Virgem e, envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos irmãos, tirou do bolso algumas laranjas e fez malabarismos que havia aprendido com os pais.

Neste instante, o Menino Jesus sorriu e bateu palmas de alegria. Só para ele a Virgem estendeu os braços, deixando que segurasse um pouco seu filho
”.

21 de junho de 2008.

sábado, 14 de junho de 2008

Intensidade


Hoje, passados sete anos, me conformei com a curta duração do “Berelando...”. A partir do instante mágico em 17 de outubro 2007 foram sete edições. Cada uma feita com um carinho peculiar e sinto orgulho de todas elas. Sei que, em cada notinha, cada palavra, dei o melhor de mim. Talvez, por isso, ele é ainda lembrado por nossos antigos leitores.

Às vezes, ficamos tão ansiosos com as coisas que queremos fazer, posições que queremos alcançar, lugares que queremos chegar e esquecemos de nossas conquistas do dia-a-dia. Ou pior, temos a impressão que nossas conquistas e feitos não duraram o tempo suficiente ou não foram grandes o bastante, e, de novo, vem a frustração.

Navegando pela Internet hoje pela manhã, dei de cara com esta citação atribuída ao poeta português Fernando Pessoa (digo atribuída por que há controvérsias, apesar dele ter vários heterônimos)

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.

Não preciso dizer mais nada.

14 de junho de 2008.

sábado, 7 de junho de 2008

Ansiedade

Algumas vezes sentíamos uma ansiedade exagerada em concluir o “Berelando...”. Percebíamos a proximidade da data-limite para a conclusão e não havíamos nem decidido a pauta. Apesar da ansiedade ser leve, ela era totalmente desnecessária, porque, na hora certa, o periódico estava fechado (é lógico que tinha alguns erros, mas, como iríamos fazer piada em nossas erratas se não os cometêssemos!).

Hoje em dia a ansiedade é o grande problema do planeta. São tantas coisas que acontecem, tanto por fazer, tanto por preocuparmos que chegamos ao colapso. Também sou assim, mas, aprendi que, como no “Berelando...”, no final as coisas se resolvem. Se ficarmos somente vivendo a ansiedade da busca, do controle, não conseguiremos chegar ao fim, à conclusão, ao término. Nos sobram as unhas roídas, as olheiras das noites mal dormidas, nossos problemas intestinais e o pior, a sensação de vazio.

Deixemos que a vida flua e que nessa fluidez, encontremos o caminho certo, a decisão certa, o momento exato. Coisas que são impossíveis de encontrar no turbilhão que é a ansiedade.

07 de junho de 2008.