Quando eu tinha dez anos, ganhamos um toca-discos ou, como minha chamava, uma “radiola”. Muito simples, tinha a forma de uma maleta, você a abria e a tampa era o alto falante. Dei muitos bailinhos na escola com a “radiola”.Quando tocava a última faixa era necessário ficar atento, pois a agulha ia direto pra etiqueta que existia naqueles discos ou ficava girando sem parar até que alguém levantasse o seu braço e o retornasse à sua posição de descanso.
Nossa vida muitas vezes se repete negligentemente, fica num ciclo sem fim, dando voltas a esmos pelos mesmos erros. Talvez a vida seja como nossa antiga “radiola”, ficava girando a esmo, sem tocar nada, até que eu percebia isso e a colocava para tocar uma nova música.
26 de Fevereiro de 2010.


