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domingo, 16 de agosto de 2015

Embaraço

Quando estava na segunda série (do antigo ensino fundamental, lá nos idos de 1977), a professora faltou e a turma foi dividida entre outras classes, assim, tivemos aula com outra professora e outras crianças. Claro que preferia ter ido embora, mas, fui obrigado a ficar na sala e a professora passou uma redação como atividade para sua turma e para seus novos agregados.

Eu, entre a rebeldia, a preguiça e meu pensamento reativo: “- essa professora nunca vai ver o caderno de um aluno de outra turma!”, resolvi não fazer a redação.

Depois de um tempo, a tal professora começou pedir que os alunos lessem as redações e, nesse momento, confesso que comecei a suar frio.

E não é que a tal professora pediu para eu ler a minha?!

Reagi novamente: Levantei, peguei o meu caderno e, fingindo estar lendo, comecei a contar uma historia coerente com o tema pedido em aula. Tudo ia muito bem (acho que já nem suava mais) até que um menino que sentava atrás de mim, me denunciou: “-O caderno não tem nada escrito, professora!”.

Todo mundo riu, a professora verificou e comprovou a denúncia. E eu não sabia onde me esconder de vergonha. Até a professora riu também e ainda completou dizendo que minha “redação” estava “indo tão bem...”.

A vergonha foi tanta que o meu inconsciente deve ter apagado as consequências do ato, juro que não lembro o que houve depois, mas, passou. Eu devo ter escrito a história que fingia ler, mostrei a professora, ela aceitou e acabou ai.

16 de Agosto de 2015.

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