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sábado, 18 de outubro de 2025

I.A. (não, irei!)


Eu não quero falar com o algoritmo.

Tudo que eu escrevo (e escrevo mesmo) é para humanos ou qualquer ser biológico que possa me entender.

Que veja minhas fotos sem edição e mesmo que não goste, não entenda, que sirva de parâmetro, de baliza, entre o que gosta ou não. Que possa reproduzir, que reaja, ou melhor, que aja aos meus estímulos.

Se não for assim, sinto tristeza, porque, para ensinar a algo sintético (que em algum momento me copiará), servirá. 

Foto by @GraziBarbosa84


18 de Outubro de 2025.

sábado, 20 de setembro de 2025

RETRATO


Eu faço retratos. Não por acaso, mas por necessidade. Preciso dessas imagens para alimentar a alma: são elas que guardam a verdade que vejo nas pessoas. Não me interessa a pose ensaiada, copiada de revista ou da internet. Isso, para mim, é superfície.

Quero é ir além. Quero que a fotografia traduza a pessoa inteira. Cada detalhe importa: a luz, as sombras, a paisagem ao redor, até os objetos que aparecem no enquadramento. Nada está ali por acaso. Cada elemento é uma peça da transcrição do retrato, como se fosse uma língua secreta capaz de revelar o que as palavras não alcançam.

No meu entender fotografia é isso. Não é apenas um registro, mas uma tradução. Uma tentativa de congelar em imagem a essência de alguém, transcrever meu sentimento por essa pessoa no instante em que aperto o disparador.


20 de Setembro de 2025.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Mensagem numa garrafa

Aquela angústia ou tristeza — que já não consigo diferenciar — é persistente, sufocante e difícil de suportar. De onde vem isso?

Antes, eu sabia que muitas das minhas angústias eram causadas por erros que insistia em cometer, por coisas que não "consertava" ou que deveria deixar ir. Hoje, essa clareza se perdeu. 

Faço o possível para não me omitir, para agir da melhor forma, ajudar o maior número de pessoas e consertar o que está quebrado, além de descartar o que não serve mais... e, mesmo assim, sinto que algo não está certo. 

Quantas pessoas estão sentindo o que eu sinto? E quantas estão em uma situação ainda pior? Será que elas conseguem suportar essa carga? Entendem que tudo passa? Sabem que podem pedir ajuda? Reconhecem quem pode ajudar? 

Hoje, até encontrar quem precisa de apoio é complicado. As angústias e tristezas parecem "padronizadas", e, pior, não sabemos distinguir entre uma verdadeira tristeza e uma busca por engajamento. 

Antes, eu me preocupava com fotos de pessoas chorando ou com soluços durante gravações de áudio. Agora, me pergunto: "Essa imagem de choro é um pedido de socorro ou apenas um post conceitual?" 

Uma foto de uma lágrima nas redes sociais pode ser uma mensagem de SOS lançada ao mar. A mensagem chega rapidamente, mas a compreensão, como um pedido de socorro numa garrafa, pode demorar. Pior, nunca ser encontrada.

Infelizmente, não conseguirei identificar todos, mas estou sempre disponível para ajudar.

22 de Janeiro de 2025.