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domingo, 28 de setembro de 2014

À margem

Em outras publicações já falei do córrego que atravessava a chácara em que morava. Já falei da sua extensão e até de pontes construídas para cruzá-lo. Na maior parte do ano, suas águas eram calmas, corriam tranquilamente em suas estreitas margens e, em alguns trechos, profundas. Neste trecho que foi construída a ponte da publicação. Então, depois de uma tempestade, o calmo rio transbordou e levou a pequena ponte.

“-Oh malvado rio, destruiu a ponte que me trouxe felicidade!”.

Não, ele não era mal. Em minha cegueira egoísta não percebi que ele era o oprimido, obrigado a correr dentro de suas estreitas margens. Ele queria ser largo, livre, queria vislumbrar o horizonte. Eu é que o queria calmo e estreito. A violência era minha, que não entendia a sua vontade de ser livre.

28 de Setembro 2014.

Um comentário:

adna disse...

Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do amanhã. Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama. É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo. É desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção. Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a própria existencia e desvendar seus mistérios