Feliz 2013!
31 de Dezembro de 2012.
Será que esta é a última publicação desde blog, afinal o fim do mundo foi (re)anunciado para a próxima sexta-feira? Bem, se o mundo acabará eu não sei e acredito que ninguém tem esta certeza. Mas, se por acaso, algum tipo de ciclo se fechar, se houver realmente um fim, prometo a mim mesmo e aos leitores que no sábado eu recomeço tudo de novo. Crio o que for preciso, reconstruo o que der, melhoro o que não era bom.
A nossa forma imperfeita
de ser faz com que busquemos, mesmo que inconscientemente, o poder. Pode ser
através de um cargo elevado, ostentação de nossos bens, quantificação de nosso
conhecimento e a sua transmissão.
Tá
difícil manter um padrão nas publicações deste blog. Ultimamente tenho
reclamado muito e escrito pouca coisa nova e relevante. Apesar de ser algo
muito normal em blogs, pois, todo mundo vive ciclos de fases boas e ruins, mas,
fico chateado por que gosto de parecer equilibrado. Mais uma vez o ego falando
mais alto.
Problemas são complicados caso o contrário não seriam
problemas. Parece que estou num quarto escuro. Não vejo os obstáculos, não vejo
a saída, tenho medo de cair, de me machucar, de quebrar algo.
Eu queria
escrever aqui um post rápido. O domingo tá acabando e quero aproveitar este restinho
pra assistir um filme e relaxar. Mas, quando tenho pressa, ai é que as idéias não
surgem, as lembranças são perdidas e, além da pressa, fica o estresse, a confusão e a frustração.
Fui obrigado a ficar só, em silêncio e isso sempre traz alguma coisa de pesar, de tristeza. Encontrei o silêncio, e no silêncio, encontro paz. Sózinho eu consigo silenciar meus pensamentos, minhas aflições, minhas angústias geradas pelo ego. Sózinho eu consigo perceber o que é mais importante: amor. Sózinho eu consigo me encher de amor, e assim, ter o que compartilhar depois.
Há algum tempo tenho percebido que minha conexão de internet oscila. Achei que fosse problema com o provedor, mas, semana passada, meu velho roteador pifou. Fiquei sem internet e por isso o atraso na postagem. Descobri que todos os problemas de conexão não tinham nada a ver com o provedor e sim com o roteador que uso há mais de cinco anos.
Muitos me vêem
como uma pessoa calma e serena, o que não sabem é que eu preciso de muito autocontrole.
Muitas vezes sinto uma pressa desnecessária em comentar um post numa rede
social, subir alguma foto, compartilhar algo. Essa pressa me angustia, me faz
sofrer e preciso de muita concentração para diminuir essa pressa.
Outra
lembrança da infância era o ato de pintar o tronco das árvores com cal. Nunca
soube o motivo real, acredito que tinha um fim estético. Ajudava o meu pai
neste ato e me sentia bem com isso. Me sentia útil e ao
final do serviço achava que tinha, no mínimo, tornado a chácara mais bonita e
ficava feliz.
Algumas
vezes sinto muita saudade dos tempos de criança. As brincadeiras, o estar
sempre alegre, as descobertas. Lembro da primeira vez que ouvi minha própria voz
reverberando no espaço vazio, o eco. Não entendia este fenômeno, mas não parava
de gritar, rir alto, de gritar nomes e ouvi-los de volta. Foi
mágico.
Cheguei
cedo à cerimônia de casamento do meu primo e assisti a preparação da igreja, assim,
vi o acendimento das velas do altar. Como todo mundo faz, acenderam uma vela e,
desta primeira chama, foram acesas as demais.
Cai de uma cadeira. Há muito tempo ela balançava e eu sabia que era questão de tempo ela desmontar. Adiei todas as chances de trocar a cadeira ou de consertá-la, mas, toda vez que sentava me lembrava que um dia ela desmontaria.
Sexta-feira achei que
precisaria enviar minha impressora para o conserto. Já são mais de 7 anos de
uso intenso, fica ligada o dia inteiro, 5 dias por semana e, nos últimos anos,
precisei enviá-la para uma manutenção anual. Por enquanto ela está resistindo.
Estes
carros modernos exigem muito das baterias. Tem tantos componentes eletrônicos
que consomem energia mesmo quando estão desligados, por isso, é necessário que
o sistema de recarga do veículo funcione corretamente, porém, só isso não
basta, é preciso que o carro seja usado com periodicidade, caso contrário, a
bateria irá perder energia até descarregar completamente.
Quando
falta assunto, quando o cansaço aperta e o tempo se esvai, fica difícil
escrever alguma coisa aqui. Penso comigo: “- Esta semana não terá post”. Mas,
sei que por mais cansado e desanimado que eu esteja, sempre posso compartilhar
algo. É só começar, acreditar e seguir a intuição.
Semana complicada, com assuntos polêmicos de aspectos morais, religiosos e de saúde sendo a pauta dos noticiários e das redes sociais. Engraçado como sempre nos achamos imparciais, sempre dizemos que não devemos julgar as pessoas, mas fazemos o contrário. Discutimos e tentamos convencer que o outro está errado, não respeitamos às opiniões contrárias e ainda tentamos convencê-las que estão erradas.
Lembrei-me que um de nossos melhores presentes do Divino foi nossa vontade própria, nosso poder de decidir o que é certo ou errado e quando decidir isso.
Temos o poder da escolha, mas precisamos aprender que para cada escolha, há uma consequência. Então, é preciso responsabilidade.
15 de abril de 2012.
Nesta época de Páscoa, o que mais me comove são as lembranças da Via Dolorosa ou Via Crucis, o último trajeto percorrido por Jesus.Este sim, em minha opinião, é o verdadeiro significado da Páscoa.
Em determinados momentos de nossa vida seremos julgados e condenados por pessoas que não nos entende, quem poderia nos defender se omite, no caminho, seremos atingidos e feridos por palavras e cansados, podemos cair algumas vezes, alguns desconhecidos podem nos ajudar em algum trecho (nem sempre por piedade, talvez por obrigação), outros enxugarão nosso suor e tentarão aplacar nossa sede, e nossa família estará lá sofrendo conosco.
Mas, apesar de toda essa dor, no final você renasce, mais forte.
08 de Abril de 2012.
Há quase quatro anos uso o microblog twitter. Andei um pouco afastado de lá, um dos motivos foi falta de tempo e o fato de meus amigos preferirem o facebook. Este segundo, concordo, é muito mais fácil de interagir, você publica fotos, compartilha vídeos, convida para eventos e deixa recados longos.
Quem nunca teve medo do escuro? Mesmo os corajosos se sentem inseguros quando falta luz à noite. Conhecem cada palmo de suas casas, sabe onde estão todos os obstáculos e, mesmo assim, caminham com cuidado, passo por passo tentando evitar acidentes.
Semana dura esta que passou. Além das dificuldades do trabalho, teve o aborrecimento de chegar em casa no escuro. Faltou energia no bairro. E esta falta de luz, parece que escurece também nosso coração, a noite transforma nossas angustias em monstros e a esperança diminui.
As velas acesas da casa me lembrou férias passadas na casa de meus avós, onde a única luz vinha de lamparinas. Se quiséssemos que a luz continuasse acesa, era preciso alimentar a lamparina com querosene.
Do mesmo modo, é preciso alimentar o coração e a alma com fé e, assim, manter a luz da esperança sempre acesa.
18 de Marco de 2012.
Esta semana começou com um pequeno incômodo no pescoço. Apareceu uma íngua me alertando que meu sistema imunológico está fraco ou vem um resfriado por aí. Dor que incomoda, mas que faz parte do sistema de defesa do organismo e me alerta que algo pode estar errado e que preciso me cuidar.
Tragédias acontecem. Quando acontecem com inocentes ficamos indignados e começamos a nos perguntar: “Será que há um ‘por quê’?” “Algum castigo para a vítima?” “Uma lição para o causador?”
Não sei e talvez nunca saiba a resposta. Aceito como uma mensagem para mim: Não tenho controle sobre o que pode me acontecer, mas, posso controlar minhas ações.
Não quero ser um causador de tragédias.
04 de Março de 2012.
Voltei à minha solidão em frente ao micro, àquela solidão que preciso para meditar, para escrever, para viajar para dentro de mim. Desta solidão eu gosto.
Sou muito sincero com tudo que escrevo aqui, e sempre tento trazer o que é positivo, o que é bom, mas, não nego que muitas vezes me sinto totalmente bloqueado por sentimentos de angústia, de revolta e outras coisas de que não me orgulho.
Pela primeira vez escrevo um texto para este blog “off-line”. Apesar de não ser a primeira vez sem conexão, em outras situações eu usei internet emprestada, lan-houses e, numa única vez que não consegui conexão, escrevi o texto na hora, numa segunda-feira bem cedinho.
Ontem eu já estava preparado para escrever o blog. Tinha o tema e o insight prontinho, era só escrever, escolher uma foto e publicar. Mas imprevistos acontecem e aqui estou, no final do domingo, pensando no que escrever.
Quantas vezes a gente perde aquele instante mágico que nos é dado de presente todos os dias, aquele momento em que um “sim’ ou “não” podem fazer toda a diferença entre a felicidade e a angústia? Não desperdice os momentos mágicos, reconheça quando ele aparecer e aja.
05 de Fevereiro de 2011.

Escrevo muito sobre o passado e quase nada sobre o futuro. Falei duas publicações atrás sobre mudanças, da desesperança que surge quando percebemos que passa ano e vem ano e tudo parece igual.
Passei a tarde deste domingo num sítio e comentei com os amigos o que eu mais gostava era o silêncio do lugar. Isso virou o comentário geral: ninguém aguenta mais viver na cidade, do barulho de motos, de música tocada alta, de buzinas etc. Precisam buscar a paz no silêncio do interior.
Penso que acontece o mesmo com o nosso cérebro. Enchemos ele com nossos problemas, nossas angústias, nossos medos, com ansiedade e, é claro, ficamos confusos, não conseguimos decidir, não sabemos por onde ir.
Transporte tudo isso para o coração, onde impera o silêncio. Lá você encontrará paz.
15 de Janeiro de 2011.