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domingo, 12 de abril de 2015

Erro

Uma vez, na época em que os ônibus tinham cores diferentes, na pressa de chegar em casa, peguei o ônibus errado. Como a primeira parte do itinerário era a mesma, só percebi o erro quando o ônibus pegou um caminho diferente.

Ônibus estava muito cheio, não tive escolha, fiquei lá sentado, esperando o ônibus esvaziar um pouco para conseguir chegar até a porta de saída, descer, esperar um ônibus que voltasse uma parte do caminho e pegar o coletivo correto.

No erro conheci lugares novos, vi novas paisagens, aprendi novos caminhos.

Mesmo quando erramos a gente sempre aprende alguma coisa nova.

12 de Abril de 2015.

domingo, 5 de abril de 2015

Abandono

“- Eu amo dias de sol.” “- Eu amo meus discos (livros, celular etc).” “‑ Eu amo porque é bom prá mim”.

Quantas vezes eu disse isso, mas também preciso fazer coisas em dias sem sol. Eu gosto dos meus discos, mas, hoje em dia, sem ter onde tocá-los juntam pó, e meus livros, da mesma maneira, estavam na estante.

Amar o que nos é útil é muito fácil, o problema é que este tipo de amor, no fim, se transforma em abandono.

Ame gratuitamente. Ame sem precisar receber nada em troca. Ame por que é bom amar. Ame por que só o amor salva.

05 de Setembro de 2015.

domingo, 29 de março de 2015

Gravidade

Por duas vezes eu quase me afoguei. Senti a densidade fluida da água me arrastando para o fundo. Sensação: Medo e Desespero.

Por duas vezes sofri com lesões que me impossibilitaram de andar. Depois de algum tempo imóvel, nossos músculos não suportam a gravidade e é preciso fortalecer a musculatura para caminhar de novo. Sensação: Fraqueza.

Já perdi pessoas queridas que desencarnaram desse veículo chamado corpo. A sensação de perda é muito parecida com a de ser arrastado para fundo da água ou como a de faltar força para levantar e seguir em frente. Exige muito esforço.

A gravidade nos prende neste planetinha azul que chamamos de Terra, mas também prende o ar que respiramos e nos provém alimento. E se você quiser continuar nele, não se deixe arrastar para o fundo, fortaleça seus músculos. Levante e vá a busca do oxigênio, em busca do alimento que te fortalecerá. Eu gosto de chamá-lo de Amor.

29 de Março de 2015.

domingo, 22 de março de 2015

Simbiose

Estima-se que um ser humano saudável tem 100 trilhões de células. Deste total, somente 10 trilhões pertencem a nós, os outros 90 são nossos hóspedes, ou melhor, inquilinos e pagam por isso digerindo nosso alimento, produzindo substâncias e vitaminas necessárias ao nosso corpo, nos protegendo contra doenças.

Somos 10%. Somos mais bactéria do que humano. Somos um universo de seres vivos e que precisam estar em harmonia, em equilíbrio para que todos vivam (ou sobrevivam). O excesso de um ou a falta de outro nos deixa doente, podemos morrer e levar parte deste universo microscópico.

E dentro do Universo maior, aquele que vemos, ainda não entendemos que não somos um e sim, parte. Que destruir qualquer coisa estamos destruindo nossa chance de sobreviver.

22 de Março de 2015.

domingo, 15 de março de 2015

Embaçado

Uma vez chegaram para mim com uma câmara fotográfica nas mãos dizendo que algo estava errado com ela. As fotos estavam saindo desfocadas, estavam estranhas. Perguntaram-me se era defeito da câmera, falta de regulagem, mau uso etc.

Peguei a máquina, olhei e testei seu funcionamento, bati uma foto, estudei a imagem, olhei para a lente, depois limpei a lente. Pronto voltou ao normal.

Uma mancha engordurada de dedo na lente deixava as fotos distorcidas.

Quantas vezes a gente enxerga uma realidade distorcida por uma lente suja. Preste atenção antes de reclamar, às vezes, é preciso limpar nossos pensamentos. Use o amor sem moderação.

15 de Março de 2015.

domingo, 8 de março de 2015

Roubar

Uma vez, na escola, eu fui acusado de roubo. Fazia o curso noturno e um aluno do período da tarde esqueceu uma máquina de datilografar portátil na sala. Disseram ao inspetor, que era novo na escola e não me conhecia, que fui visto com o objeto.

Ele me acusou, me ameaçou e disse que eu não sairia da classe enquanto eu não devolvesse a máquina, mesmo eu falando que não estava comigo. Tudo isso na sala de aula, na frente dos colegas.

Alguns colegas, mais valentes e rebeldes do que eu, saíram em minha defesa. Diziam que eu era uma pessoa boa, sempre disposta a ajudar e compartilhar, que era impossível eu ter roubado alguma coisa.

O objeto acabou aparecendo e o acusador se desculpou com um sorriso amarelo.

Aprendi que o contrário de roubar é dar, compartilhar, acudir quem precisa. Foi que os meus colegas disseram ao inspetor, foi o que meus colegas fizeram para me defender.

08 de Março de 2015.

domingo, 1 de março de 2015

Reparação

E quanto mais a ciência entende o funcionamento do corpo através do projeto genoma, mais perto do conhecimento da alma transgressora chegamos.

Por incrível que pareça, a máquina divina que é o nosso corpo, que por fora parece funcionar perfeitamente, ao se conhecer o processo de multiplicação celular, descobriu-se que ocorrem inúmeros erros na reprodução das células. Em alguns casos, a mutação foi necessária para que evoluíssemos, nos tornando o que somos hoje, mas, na maioria das vezes, os erros da reprodução são corrigidos. A dualidade dos cromossomos, que para nós parecem com duas fitas entrelaçadas, permite resgatar o material genético original e recomeçar da forma correta.

O Divino, ao criar nosso sistema de reprodução genético, a multiplicação das células, não pensou na perfeição, ao contrário, ele permitiu um número razoável de erros, mas, ao mesmo tempo, criou um mecanismo de reconhecimento dos erros e reparo destes. E por isso chegamos até aqui.

E depois de formados, corpos evoluídos, providos de conhecimento e do livre-arbítrio, é perceptível que algo está errado. Se os erros não forem corrigidos estamos nos condenando à extinção. É hora de parar, resgatar princípios básicos que nos trouxeram até aqui, corrigir e seguir em frente.

Um bom princípio a ser resgatado?!

Fácil: “- Amai ao próximo como a ti mesmo!”


29 de Fevereiro de 2015.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Transgressão

E como o meu berço da publicação anterior, este mundo ficou pequeno. Muita gente excluída de coisas básicas como moradia, boa educação, comida, de saúde, enfim, de dignidade.

E por que não mudamos? Não buscamos o correto? O novo bom (ou as boas novas, para usar um termo cristão)?

Porque a minoria que tem tudo, acredita que isso é o “bom”. Temporariamente fortalecidos pelo poder econômico, criam leis e modelos sociais que criminalizam (ou posso dizer, “crucificam”!) quem não agüenta mais o lugar estreito. Nessa cultura do apego e do controle, não percebem que este “aperto” tornará impossível a existência de suas próximas gerações.

Transgredir, invertendo um pouco o conceito católico/cristão, é o caminho estreito para redenção do mundo. A passagem para o largo, para o novo bom.

22 de fevereiro de 2015.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

O novo bom

Eu tenho lembranças muito antigas da infância. Consigo lembrar até do meu berço, de como gostava dele e como era bom ficar ali. Lembro das grades e até da retirada delas. Lembro quando ele ficou pequeno (na verdade eu que cresci) e apertado, mas eu continuava achando-o bom e não quis trocá-lo pela nova cama, que seria o correto, mas, não sabia se era bom.

Na vida, acostumamos com que é bom, nos conformamos com ele e não percebemos que crescemos, que é preciso ir à busca de novos e maiores espaços. Deixar para trás o que foi bom e ficou estreito. Dar o salto de fé para o largo, o correto, o novo bom.

O bom é o lugar que ficou estreito para nosso corpo, o correto é o lugar amplo que nossa alma almeja e que é necessário para nossa evolução.


15 de fevereiro de 2015.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Por que existe gente pobre? - Conclusão

Se a miséria e a pobreza são invenções humanas, elas tinham um propósito: Cultivar, efetivar e assegurar para poucos o maior (não o melhor) poder de todos: O econômico.

E, em busca deste poder, estes poucos não pouparam esforços. Travaram-se inúmeras guerras, dizimaram-se incontáveis vidas, destruíram florestas, rios, nações de nativos (afinal, estes não entendiam a sedução do “ter posses” e, assim, não poderiam ser iludidos a ponto de serem explorados como mão de obra barata.

São muito criativos para manter esse status quo. Engarrafam miséria em suas indústrias de bebidas. Metabolizam miséria em seus laboratórios de drogas. Iludem a miséria em seus cassinos. Ensinam a miséria em seu sistema educacional. Vendem a miséria em seus bancos.

Quem tem este poder não quer perdê-lo. Com dinheiro (o deus soberano dessa classe), eles inventaram um mundo de ilusões. São donos de meios massivos de alienação (jornais, TVS, rádios, editoras), usados tanto para criar a ilusão de que tudo isso é normal, quanto para criminalizar àqueles que tentam te dar “a pílula” do filme Matriz, que tiraria do transe àqueles que desejassem “acordar”.

A lei é criada por eles, a justiça é feita pela ótica de quem está por cima. Inclusive quem deveria julgar, vem desta tradição de endinheirados, também não querem ver tudo aquilo que acumularam durante gerações, ser diluído entre as massas (e nem estou falando de expropriação, estou falando de direitos). Não querem o filho da empregada sentado ao lado do seu primogênito na universidade de direito ou medicina. Não quer a pessoa que engraxa seus sapatos jantando em seu restaurante preferido. Não suportam a idéia de que os faxineiros do fórum dividam o espaço do estacionamento com seu carro de luxo importado. Assim, segregam as pessoas em "guetos" e impendem o acesso dessa gente nos espaços que pensam ser exclusivos dos "poderosos". Então, só posso concluir que seu julgamento está contaminado por este medo da “perda” do seu pseudo conforto.

Não se iluda. A miséria é muito fácil de ser eliminada. O difícil é combater quem não quer perder o poder de jeito nenhum!

O que fariam os poderosos ao verem seu (exclusivo direito) conforto sendo ameaçado? Alguém sabe a resposta?

 08 de Fevereiro de 2015.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Por que tem gente pobre?

Quando criança eu costumava fazer esta pergunta. É lógico que ninguém soube responder. Na infância, minha família morava como caseiros numa chácara bem afastada dos centros urbanos. Não pagávamos aluguel, mas tínhamos muitas dificuldades também, caderneta no armazém, móveis penhorados, roupas rotas... mas, achava que pobres eram os mendigos que via nas poucas vezes que ia a cidade. Sentia-me mal, eu tinha uma casa e uma cama, e eles?

A gente cresce, as coisas melhoram, mas, as perguntas ficam? Eu já até aprendi por que existe pobres, o que me espanta é por que ninguém mais faz essa pergunta: “- Por que existe gente pobre?”

Sabemos que 85 pessoas (os mais ricos do planeta) concentram mais da metade de todo o dinheiro dos mais pobres, mais da metade dos habitantes da Terra. Dá para entender a diferença?!

Na natureza, alguém já ouviu falar em um bando leões pobres? Ou uma matilha de lobos, manada de gnus ou elefantes, aves, minhocas etc?! Não. A pobreza e a miséria é exclusividade da raça humana.

Pobreza é invenção da humanidade. Começou com a escravidão no início das civilizações e continua nos dias atuais. Enquanto existir miséria, existirá também quem a explore.

Oras, se pobreza e miséria são invenções humanas, cabe a nós eliminá-las.

Não é impossível. Vou dar um exemplo simples e recente.

A última “Mega Sena da Virada”, alcançou a cifra de R$ 240 milhões, já descontados os impostos. Sabe o que é esse número? Esse número significa que, se o dividíssemos por todos os brasileiros, cada um receberia R$ 1.200.000,00 (Um milhão e duzentos mil reais). Acabaria a extrema pobreza no Brasil!

Bem se a jogatina consegue tamanha proeza, quando nossa consciência humana evoluirá ao nível de extinguir essa mazela da sociedade?

Pensem, reflitam e compartilhem essa indagação.

01 de Fevereiro de 2015.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Mudanças

Férias sempre trazem boas lembranças. Outro dia estava recordando quando tive aulas vela. Foi uma grande e divertida lição. Tinha o mar da Bahia, um barquinho a vela e só precisava de vento. Mas algo que me intrigava e me assustava. Se o vento que enchia a vela me empurrava para uma direção, como faria para voltar? O instrutor me ensinou uma das maiores lições da minha vida: Não importa para que lado o vento sopre, você só precisa ajustar as velas e você chegará onde quiser.

E os ventos da mudança, graças ao Criador, nunca deixam de soprar e, se não tomarmos o cuidado de ajustar nossas velas, eles nos deixará a deriva ou nos levará onde não queremos estar. Marque seu horizonte onde está a felicidade, ajuste suas velas e deixe o vento de levar.

Se parar de ventar?! Aponte para a fé e reme!


25 de Janeiro de 2015.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Curto-circuito

Trabalho com baterias chumbo-ácidas também conhecidas como acumuladores elétricos. Elas produzem energia química com muitas aplicações para tornar este nosso mundo moderno um lugar mais confortável.

Para leigos, uma caixa com dois pólos: um negativo e outro positivo.

Para quem trabalha com elas é importante saber que não se deve, em hipótese alguma, ligar um pólo ao outro, encostando ferramentas ou fios, para que não ocorra um curto-circuito. Este fenômeno provoca faíscas, calor e até explosões e, se por sorte, não se machucar, com certeza inutilizará a bateria, pois extinguirá a tensão ou resistência que havia nela, a corrente elétrica.

E tantas vezes a gente quer ir pelo caminho do bem, seguindo a direção certa (ao positivo), resistindo ao que for ruim (o negativo), mas, em momentos de fraqueza ou egoísmo, desistimos de resistir, pior, voltamos no sentido o contrário, provocando um curto-circuito, machucando a si mesmo e ao próximo e inutilizando tudo o que aprendeu e que lhe foi útil.

Resista!

18 de Janeiro de 2015.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Camarote

Domingo de corrida em Interlagos, pouco tempo atrás, era sinônimo de encontro de amigos na laje para verem a corrida (pedacinhos dela) de graça. Cada um levava alguma coisa, carne, bebidas, doces e a alegria da comunhão que, em outras palavras, significa amor.

As lajes da favela continuam cheias em domingos de F1. Alguns felizes por pagarem pouco e outros felizes por receberem muito. Comunhão?! Não. Aqui assiste quem tem dinheiro, amigos ficam para outros domingos. As lajes da comunidade se tornam camarotes, onde se recebem os “gringos” com seus dólares e euros.

No Rio de Janeiro, a melhor vista da cidade maravilhosa ficava nos morros, no meio da comunidade. Ali se tinha pouco dinheiro, em compensação, a vista era boa e de graça.

Com a “pacificação” um fenômeno se iniciou. Estrangeiros endinheirados começaram a comprar casas na comunidade. O preço é barato para quem paga, mas, suficiente para iludir quem vende, pois, em pouco tempo, descobrirá que o que recebeu só dá para comprar um barraco num lugar mais afastado e pior.

Acontece o mesmo no carnaval de Salvador, nas praias de Trindade e Trancoso e em tantos outros lugares.

E assim, ao invés de agregar, de comungar, nós separamos, pior, segregamos. Quem pode mais se apossa e expulsa quem não pode tanto.

Se comungar é amor, como a gente chama a segregação?

11 de Janeiro de 2015.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Decisões

Você já iniciou as decisões tomadas na virada do ano?

Todo ano a mesma coisa, na hora dos fogos as metas do ano novo: parar de fumar, fazer exercício, fazer dieta, estudar etc. Alguns iniciam, outros adiam e outros desistem. Só o mais disciplinado chega ao final. Na maioria das vezes atinge os objetivos, algumas vezes não, mas aprendem sobre suas limitações.

E o grande segredo é, se tomar uma decisão, inicie-a e vá até o fim. Não se assuste com as dificuldades, até por que se fosse fácil não precisaria decidir nada, o pior que pode acontecer é você não atingir o objetivo, mas, e daí? O caminho tomado, a força empregada é o seu aprendizado sobre perseverança, esperança e fé.

Lições aprendidas, erros corrigidos, felicidade atingida.


04 de Janeiro de 2015.