Curtir no Facebook

facebook

sábado, 27 de dezembro de 2008

Homenagem


Na época do “Berelando...” a melhor forma que encontramos para homenagear nossos amigos, era escrever sobre eles, para que todos soubessem que nós os conhecíamos, nós os admirávamos, que lembrávamos deles.

Nestes 10 meses de existência do blog, vários amigos eternizaram sua passagem por aqui, deixando seus recados, seus comentários, suas complementações ao meu texto. Ao fazerem isso, me impulsionaram a continuar, alimentaram minha alma, forneceram a matéria-prima para a minha inspiração, me mostraram o valor da amizade...

A melhor forma que encontrei para agradecê-los foi citá-los nesta última publicação de 2008. Então, na ordem em que escreveram aqui neste blog, segue os nomes que me ajudaram a dar vida a esta empreitada.

Jaqueline Sena ou Jaq: "Acredito que um dos maiores presentes que podemos ganhar das pessoas que gostamos seja mesmo a amizade. Esse é um presente que não acaba, tem um valor incalculável e trás uma felicidade imensa.”
Rubens Alves Jr. o do blog "Tudo 1 Pouco": “O simples é o essencial e muitas vezes, o mais difícil!”
Diana: “O sonho é o alimento da alma. Que é o que nos move. Nos impulsiona. Por isso não podemos parar de sonhar. Por isso, não podemos parar
Fernando Nery, o artista que ilustra este blog com suas maravilhosas fotos.
Fabio Xavier: “...nossas lutas podem ficar menores com ajuda das orações de nossos amigos.”
Pedro Melo: “É muito difícil trazer para a vida muitas coisas que escrevemos, pelo menos é assim comigo, mas aos poucos, vou tentando, tentando, até conseguir.”
Deborah Orfali do blog "Cá entre nos": “Viver cada dia como se fosse o último, mas sempre com muita responsabilidade, afinal não viemos aqui a passeio.”
Rita Ribeiro: “Seja lá o que for, a que inspiração serve o berelando, aqui estou. E não é que gostei?”
Zenaide Martins: “Pelas estradas da vida vou berelando, certo e o errado depende do ponto de vista, nem sempre o que é certo pra mim é certo para o outro, mas, de acordo com uns princípios básicos, tentamos fazer o melhor possível...”
Raquel Swartoski: “...o que não podemos é paralisarmos diante do desconhecido, do novo, do medo de não conseguirmos, de sofrermos, das decepções, de um não; devemos estar sintonizados com a 'ação' para sermos felizes. Às vezes por uma vida, às vezes por alguns anos, às vezes por um mês, dias, horas, não importa o IMPORTANTE a escolher É SER FELIZ...às vezes não dá certo, mas com certeza não ficaremos aprisionados em nossas próprias dúvidas...”
Ricardo Gomes: “estou achando demais o "Novo Berelando", só quem passou sabe o que é...”
Vera Lucia: “
A maioria de nós está sempre preocupada em receber amor e carinho, esquecidos de que felicidade é retribuição. ... ‘quem olha para fora sonha e quem olha para dentro, desperta.’”
Andréia Furlan: “continue iluminando a sua vida, para que você use e abuse da criatividade para trazer a luz pensamentos que são tão agradáveis aos nossos olhos.”
Adna: “Se o sucesso não tivesse um custo, todo mundo seria um sucesso. Se as conquistas não tivessem um custo, todos seríamos conquistadores. Se a felicidade não exigisse dedicação, ela perderia o sentido.”
Valdecir Calazans: “
A amizade é uma dádiva sagrada. Amigos concordam ou discordam de nós, apóiam ou rejeitam nossos projetos, aplaudem nossas vitórias, cantam conosco, choram nossas dores.”
Cassiana: “...por isso agradeço pelos amigos que mesmo distante lembraram de mim...”
Walquíria Rodrigues do blog "Pensamentos": “Devemos lembrar sempre que "TUDO PASSA", da mesma maneira que as coisas boas passam, as ruins também se vão. A vida é assim...”
Verônica Marques: “O entusiasmo é sem dúvida, nosso combustível para os maiores feitos, as maiores conquistas. E pra manter esse entusiasmo procuro sempre estar próxima de pessoas positivas, sempre cultivo a alegria e o bom humor, coloco sempre sentimento no que faço.”
Sandra Freire: “A mensagem Vislumbrando o Horizonte é simplesmente PERFEITA.”
Marijane ou Mari Alencar: “
De uma certa forma, somos todos ETs... Estamos por aqui de passagem, para aprender!”
Tili Oliveira do blog "Casa de rosas e palavras ": “Nosso cotidiano nos exige que sejamos perfeitos o tempo todo.... Nos esquecemos, no entanto, de dar mais atenção às coisas que são mais caras e perfeitas pra nós: a nossa alma, a nossa saúde, o mundo maravilhoso que recebemos emprestado das futuras gerações.”
Graça Xavier:Deus nos proporciona milagres a cada dia...é só olharmos em volta...as flores, a natureza, os barulhos dos animais...”
Márcia Guilges;
Simone Faria: “...
se a dúvida está muito grande entre qual caminho seguir, tenha certeza que o caminho certo é aquele que você praticará 'o bem'. Antes de decidir veja se este caminho não fará alguém sofrer, se não prejudicará alguém...este é um parâmetro indicado pelos anjos, para que possamos utilizar o nosso livre arbítrio, seguindo pelo caminho certo”
Sil Fonseca: “Tudo na vida tem um propósito... Nada acontece por acaso.”
Dumps do blog "
Depositório de Idéias" (http://depositoriodeideias.blogspot.com/)
Bruna do blog "Hello Stranger." (
http://brutati.blogspot.com/)
Dani Orfali: “...
o gostoso mesmo foi nos transportarmos no tempo e voltarmos àqueles tempos maravilhosos que vivemos juntos...”
Rose Marostica: “...eu não sou umas das pessoas mais entusiasmadas, não, mas lendo seu blog, consigo me animar nem que seja por alguns segundos, isso já é alguma coisa...”
Luana dos Anjos do blog “Blog da Lú” (
http://luananjos.blogspot.com/)
Vivi Diniz do blog “Bico fino por Vivi” (
http://vividiniz.blogspot.com/)
André Queiroz: "Obstáculos existem para serem superados, aqueles que não os superam: Precisam de ajuda".
Fabio Barros ou Fabinho: “...
as mudanças estão acontecendo todos os dias em nossas vidas e se não ficarmos atentos, desperdiçaremos valiosas e importantes experiências que provavelmente facilitaria o nosso futuro.”
Victor Hugo: “Viva! Existe vida inteligente além de ORKUT na Net!!!”
Nanci;
Bruna Molinari do blog “Viver la vita!” (
http://mundosevidas.blogspot.com/)
ou Márcia Tavares;
Rebeca do blog “A escrita é a pintura da voz” (
http://apinturadavoz.blogspot.com/)
Caroline do blog “A força do ser” (
http://voe-viva.blogspot.com/)
Luciana Rocha: “...e tenho vontade e determinação para aceitar mudanças mesmo que tardias, acho que mesmo o mais turrão dos seres em uma hora qualquer para, pensa e rumina as circunstâncias de tudo a sua volta, e tira de tudo algum proveito...”
Renata do blog “Próprio Veneno”: “Se você ter medo de errar você nunca vai tentar e se você nunca tentar você nunca vai conseguir."
Ainda há os anônimos, os "sem-micro" e os tímidos, mas, quero que saibam que sou muito grato a todos. Vocês brilharam!!!
Desejo, do fundo do coração e alma, a todos vocês que o ano de 2009 seja repleto de realizações, com muita paz e amor.

Feliz Vida!!!!

27 de dezembro de 2008.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Prêmio Dardos


Não é que este blog tá fazendo sucesso!

Comunico a todos que ganhamos o selo do PRÊMIO DARDOS.

Quem me presenteou foi a Renata, escritora do belíssimo blog "Próprio Veneno", que também ganhou, merecidamente, este selo.

Tenho a alegria de escolher 15 outros blogs que mereçam receber o selo! E, dentre as minhas escolhas estão blogs que visito com frequência e que, muitas vezes, me inspiram. (A ordem em que vou colocá-los não reflete preferências!)

01. http://amores-cruzados.blogspot.com/
02. http://apinturadavoz.blogspot.com/
03. http://areianosdentes.blogspot.com/
04. http://brutati.blogspot.com/
05. http://dorfali.blogspot.com/
06. http://depositoriodeideias.blogspot.com/
07. http://elianeferro.blogspot.com/
08. http://glauberpiva.blogspot.com/
09. http://luananjos.blogspot.com/
10. http://mundosevidas.blogspot.com/
11. http://rosasepalavras.blogspot.com/
12. http://tudo1pouco.zip.net/
13. http://vividiniz.blogspot.com/
14. http://voe-viva.blogspot.com/
15. http://walkiriapensamentos.blogspot.com/
http://oproprioveneno.blogspot.com/ (já premiado)

Agora as regras para os "blogueiros" que ganharam o selo:

- Primeiro, é importante saber que: "Com o Prémio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.

Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web".

- Depois, siga, por favor, essas instruções:

1) Você deve exibir a imagem do selo em seu blog
2) Você deve linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação
3) Escolher outros 15 blogs a quem entregar o Prêmio Dardos
4) Avisar os escolhidos, é claro!

Continuem a brilhar!

26 de dezembro de 2008.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Amizade


Estamos na época de reencontrar os amigos, reviver momentos felizes e de trocar presentes. No último final de semana, na casa de um dos colaboradores do “Berelando...”, participei de um desses encontros.

Aprendi um novo jogo, cuja intenção é a troca de presentes. Este jogo se chamava “Amigo Desapego” e consistia em cada um dos participantes levar um presente, mas, não para ser entregue a um amigo “pré” selecionado ou escolhido. Na hora de entregar (ou melhor escolher) os presentes, era sorteado um nome e este escolheria um presente do amontoado e o desembrulharia, mostrando-o aos demais participantes (inclusive, poderia ser o que ele mesmo comprou), na seqüência, ele sortearia um novo nome e este poderia escolher entre pegar o presente já escolhido e aberto pelo primeiro participante ou um novo embrulhado no “bolo”, caso ele escolha o aberto, a pessoa que o escolheu primeiro deve entregá-lo e escolher um outro dentre os ainda embrulhados, assim se sucedendo até o final, quando o último participante tinha várias opções já reveladas de presentes e um ainda embrulhado para escolher. Por isso a brincadeira se chama “Amigo Desapego”, as pessoas não poderiam se “apegar” ao presente, pois, ele poderia ser trocado até o final da brincadeira.

Confesso que isso para mim foi uma novidade, mas, muito divertida. No final, após muitas escolhas e trocas, restava a felicidade de havermos trocados presentes com pessoas que gostamos de reencontrar.

O “Amigo Desapego” é só uma brincadeira, mas, me fez refletir que devemos nos apegar mesmo é ao sentimento de amizade, de fraternidade e isto é muito melhor do que qualquer presente. Obrigado, Silvio, por me mostrar mais esta lição.

20 de dezembro de 2008.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Surpresas


Há oito anos, no mês de outubro, alguns de meus amigos, ao chegarem em casa, encontraram um envelope timbrado “Berelando...” endereçado a eles. “- O que será isso?”. Devem ter se perguntado. Ao abrirem o envelope, deram de cara com uma foto antiga da turma reunida e na seqüência, quatro páginas com histórias e notas alegres sobre eles além de outras coisas.

Eu não sei dizer como reagiram, eu só posso imaginar. Talvez disseram: “O que é que esse maluco do Neto está aprontando agora?”. Talvez ficaram espantados, talvez não... Realmente eu não sei, mas sei que gostaram, por que, quase de imediato, recebi elogios, felicitações e um mundo de projetos para o futuro do periódico. Essa alegria também me contagiou e eu não saberia explicar se a intensidade desta alegria era igual ou maior do que a de meus amigos.

Sabe, às vezes, precisamos surpreender às pessoas que gostamos. Fazer algo inesperado e que tornará aquele instante um instante mágico, inundando de felicidade quem foi surpreendido, pois saberá que é estimado, querido, amado.

Não estou falando para contratar uma equipe “loucuras de amor”! (também não vamos exagerar, né?!) Mas, algo simples, por que é na simplicidade que está a verdadeira beleza. Escreva uma carta, envie um email, faça um telefonema, dê um abraço, diga “eu gosto muito de você”... Afinal, estamos chegando ao Natal, época de surpreendermos a quem amamos!

13 de dezembro 2008.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Medo


Nem por um momento eu me senti inseguro em produzir o “Berelando...”. Era tão divertido. Sabia que de alguma forma alguém se alegraria ao recebê-lo. Na pior das hipóteses, eu me sentira feliz por tê-lo terminado.

Às vezes eu sinto medo. Não aquele tipo de medo que tinha quando criança, de ficar sozinho, de monstros imaginários... A gente vai crescendo e nossos medos vão sendo trocados, talvez por outros piores. E nem falo aqui do medo da violência, esse independe da nossa vontade (na maioria das vezes). É o medo de não atender as expectativas (de chefes, da sociedade...), de não haver mais tempo ou disposição para realizar nossos sonhos e outros tantos medos “adultos”. O medo de errar, o medo de magoar alguém... tantos medos que perdemos a vontade de agir e o resultado já sabemos: ansiedade, angústia, tristeza.

Bem, acho que não tem como fugir desses medos, porém, não podemos ficar parados, com medo de agir. Para ajudar, a gente sempre pode se fazer algumas perguntas:

“- Quais serão as conseqüências deste ato?”;
“- Será que farei mal a alguém (ou a algo) ou tornarei alguém infeliz?”;
“- Será que realmente é isso que eu quero?”


Seja sincero nas repostas e não tenha medo de ser feliz.

06 de dezembro 2008.

sábado, 29 de novembro de 2008

A volta


Em nossas histórias no “Berelando...” falamos sobre várias de nossas viagens: os imprevistos, as coisas engraçadas, a diversão e até nossos conflitos. Engraçado, sempre que falamos de nossas viagens nunca comentamos ao final, como o retorno à nossa casa é tão bom e prazeroso quanto foi a viagem também.

Você pode ter ficado nos melhores resorts, com lençóis limpos e esticados todas as manhãs, ar condicionado, tvs com mil canais e outras tantas coisas para agradar ou dormir em uma barraca de camping, com areia e umidade, a sensação de voltar à nossa casa, dormir em nossa cama, com nossos lençóis e cobertores não tem coisa igual. Você não acha?

Sabe, às vezes eu acho que na vida acontece algo muito parecido. Muitas vezes corremos em busca de sucesso, de reconhecimento, de um lugar melhor para viver. às vezes alcançamos outras não, porém, mais cedo ou mais tarde, nos bate aquela nostalgia, às vezes beira a depressão. Talvez, nesse momento, seja a hora de retornar, de lembrar das coisas simples que vivemos e, sempre que possível, revivê-las novamente.

29 de novembro de 2008.

sábado, 22 de novembro de 2008

Beleza





Em uma coisa nós pecávamos nas saudosas edições do "Berelando...". Por algumas limitações da época, falta de recursos e equipamentos, o acabamento do periódico ficava aquém do que muitos desejavam. Na verdade (não sei se isso é bom ou ruim), nos preocupávamos mais com o conteúdo e com a forma que eram redigidos os textos do que propriamente com o lado estético do jornalzinho.

Bem, acho que isso realmente não fez muita diferença, simples e sem uma aparência sofisticada, o "Berelando..." fez muito mais sucesso do que podíamos esperar.

Voltando a realidade da vida, é comum vermos pessoas que se preocupam exageradamente com a aparência, preferindo à beleza, à sofisticação, em detrimento de outras qualidades que são também muito importantes e que, sem estas, não há beleza ou inteligência que as salvem.

Outro dia, uma amiga me mandou uma citação de autor desconhecido que dizia:

"Há pessoas que querem ser bonitas para chamar atenção, outras desejam a inteligência para serem admiradas... Mas há algumas que procuram cultivar a alma e os sentimentos; essas alcançam o carinho de todos, porque além de belas e inteligentes tornam-se realmente pessoas".

22 de novembro de 2008.

sábado, 15 de novembro de 2008

Desejo

Na época do "Berelando..." eu desejava somente divertir e alegrar meus amigos e, nas sete edições em que estive à frente, acho que consegui isto.

Sempre tive a inspiração para escrever, a vontade de fazê-lo, a disposição para usar o meu tempo nesta tarefa. Consegui os recursos e as ferramentas para produzi-lo. No fim, recebi em troca a alegria de ver meu projeto pronto e meus amigos felizes.

Acho que a vida é assim, o Universo sempre conspira para realizar nossos desejos, cabe a nós desejarmos a coisa certa.

15 de novembro de 2008.

sábado, 8 de novembro de 2008

Mudanças


O mundo mudou muito desde a primeira edição do “Berelando...” em outubro de 2001.

Após a agitação dos anos 60 e os anos de chumbo das décadas de 70 e 80, os anos 90 e o início do século 21 foram um tanto desanimadores aqui nas Américas, ditados pelo conservadorismo . Por receio, às vezes através da repressão, vivíamos numa América de “direita” ou, para usar um termo moderno, “neoliberal”. Vivíamos resignados, conformados.

Em 2002, quando o “Berelando...” não circulava mais, foi eleito para presidente do Brasil um ex-operário, retirante nordestino e sem formação acadêmica; em 2005, em um país ainda mais pobre e sofrido, a Bolívia, um candidato de origem indígena (etnia que há séculos vive à margem das sociedades americanas) é eleito presidente; em 2006 uma ex-médica que sofreu perseguição política na época dos anos de chumbo, foi nomeada presidente do Chile e seria a primeira mulher a ocupar este cargo em seu país; em 2007 Cristina Kirchner foi a segunda mulher a se eleger presidenta da Argentina; em 2008, no Paraguai, após 60 anos de domínio do partido conservador (Colorado), um órfão da repressão e ex-bispo católico é eleito presidente.

O povo destes países viveram sobre forte tensão, medo, incertezas, advindos de governos repressores e ditatoriais ou conservadores, mudaram o jeito de pensar e ousaram na escolha de seus líderes.

Esta semana, um homem de origem negra, ganha democraticamente o direito de assumir o poder da nação mais poderosa e conservadora deste planeta. Acho que os americanos também cansaram de sentir medo e trocaram este sentimento por um melhor, um que realmente faz a vida evoluir, que nos diz que há luz no fim do túnel mesmo que o céu esteja escuro, um que nos liberta do medo...

Este sentimento se chama ESPERANÇA.

8 de novembro 2008.

sábado, 1 de novembro de 2008

Perseverança


Na publicação “Entusiasmo” escrevi sobre perseverança e, apesar dos belos comentários dos leitores, tive receio que confundissem perseverança com teimosia.

No milagre cotidiano, há batalhas que se prolongam além do necessário. Elas minam nossas forças, enfraquecem nosso entusiasmo e, como em toda batalha muito longa, não haverá vencedor.

É por isso que existem tréguas. Para parar a luta por um tempo, repensar a estratégia, estudar nossas falhas, recuperar as energias, porém, perseverar em nosso desejo de ser feliz. Esperar o melhor momento para reiniciar a batalha, não por teimosia e sim por sentir que é hora de continuar.

01 de novembro de 2008.

sábado, 25 de outubro de 2008

Paixão


O mais complexo e intenso dos sentimentos é a paixão. Na verdade ela é uma mistura de todos eles.

O “Berelando...” deu certo por que era escrito com paixão. Havia sofrimento, frustrações, alívio, ansiedade, alegria, mas no final, extravasava todos estes sentimentos, transformando-se em felicidade.

Algumas vezes este sentimento pode nos frustrar, porém, não devemos desistir de buscá-lo ou corremos o risco de não viver plenamente. É a paixão que nos impulsiona a vida. Apesar da confusão de que ela é capaz de nos impor, se conseguirmos dosá-la, se conseguirmos usá-la para buscar nossas metas, ela nos transformará em pessoas melhores, ou, pelo menos nossos feitos serão melhores, porque nada grandioso foi feito sem paixão, disso eu tenho certeza.

"As paixões são como ventanias que enfurnam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveria viagens, nem aventuras, nem novas descobertas”.- Voltaire

25 de outubro de 2008.

sábado, 18 de outubro de 2008

Imperfeições


Uma amiga abordou em seu blog - “cá entre nós” - nossas imperfeições e fez isso de forma brilhante, o que me fez pensar...

O “Berelando...” tinha muitas qualidades, mas, como tudo nesse universo humano, não era perfeito. Era um erro de grafia ali, um de digitação acolá e as gafes de sempre. Mas, sem arrependimentos e tão pouco auto-indulgência, esperávamos a edição seguinte para assumirmos os erros.

Infelizmente, na batalha do dia-a-dia, às vezes agimos sem pensar, fazemos besteiras e ficamos aflitos, cheios de culpas e arrependimentos. Bom seria se, como no “Berelando...”, déssemos o tempo necessário para entender o problema e, sem se perdoar, pois assim não aprendemos o caminho, usar o bom senso para julgar o resultado de nossos atos e não as intenções. Assumir o que fez, mesmo que o preço a pagar seja alto.

"Deus julga a árvore por seus frutos, e não por suas raízes". – Provérbio Árabe

18 de outubro de 2008.

sábado, 11 de outubro de 2008

Tecnologia


Se não fosse o avanço tecnológico o “Berelando...” não teria existido. Eu nunca usaria papel estêncil ou mimeógrafo para fazer um periódico. Acredito que alguns de nossos leitores nem sabem o que são estes objetos. Um computador, uma impressora e acesso à Internet possibilitaram que eu levasse alegria a outros lugares.

A tecnologia tem levado o homem a longas distâncias, já vimos nosso planeta do espaço, já deixamos rastros na lua, vimos fotografias de galáxias, planetas, estrelas...

Os tempos modernos trouxeram cura para doenças que exterminavam. Infelizmente, trouxeram doenças novas, mas não é sobre isso que quero falar agora.

Gostaria de uma tecnologia que nos trouxesse para “perto”, que nos permitisse ver dentro de nossa alma, mostrasse soluções para as nossas angústias...

Pensando bem, acho que ela já fez isso também. Semanalmente, recebo comentários nesse blog, nos quais as pessoas abrem seus corações, mostram sua alma, libertam suas angústias, mostram o caminho para felicidade... e esse processo é simbiótico.

11 de outubro de 2008.

sábado, 4 de outubro de 2008

Entusiasmo


Algumas vezes faltava um pouco de entusiasmo para escrever o “Berelando...”. Nesses momentos parecia que era o fim do informativo. Mas, o taurino aqui, com minhas manias, era persistente. Sentava em frente ao micro e ia fazendo o mais fácil primeiro, buscando uma charge, fazendo a coluna de aniversários. Nessa insistência a inspiração, aos poucos, surgia e no fim, a alegria de concluir mais um número.

As vezes, ao acordar pela manhã, percebemos que perdemos nosso entusiasmo, falta-nos a disposição para a luta do dia-a-dia. O que fazer agora?

Bem, se eu puder aconselhar eu diria para não desistir. Continue fazendo o que é certo. Reze se for de rezar. Insista. Persista. Mesmo que tudo pareça inútil. Cedo ou tarde a inspiração retorna, aparece a luz do fim do túnel e a recompensa: a felicidade que nós temos por direito.

04 de outubro de 2008.

sábado, 27 de setembro de 2008

Solidão


Quando escrevia o “Berelando...” e na realização deste blog, me permito ficar só pelo menos por 30 minutos. Dou tempo para que meus sentimentos cheguem à ponta de meus dedos e, automaticamente, sejam transportados para esse monitor, no qual você os lê.

Algumas vezes precisamos ficar sozinhos para refletir sobre o que aconteceu, sobre o que a vida nos dá, sobre o que ela nos levou e, principalmente sobre o que ela nos ensinou.

Bem, eu aprendi que ficar sozinho às vezes é bom, pois escutamos nossas angústias e, às vezes, nos são sopradas as respostas que precisamos, mas o que é bom mesmo é sempre ter alguém que nos ouça, ria de nossas histórias, conte casos bons, casos ruins, nos empreste o ombro amigo quando estivermos cansados, que nos dê chance de retribuir o carinho também. Compartilhando o que é bom. Dividindo o que nos pesa na alma.

Como diria Cazuza, “solidão, só se for a dois” – pelo menos.

27 de setembro de 2008.

sábado, 20 de setembro de 2008

Ciclos


No início desde blog eu disse que não sabia se o “Berelando...” voltaria. Decidi. Ele não voltará (ou pelo menos não como era antes).

No milagre do dia-a-dia aprendi a compreender o conceito de “ciclo”. Como tudo na vida, as coisas ocorrem em ciclos, que devem ser “fechados”, encerrados, para que o milagre do “renascimento” surja.

O “Berelando...” foi muito legal, serviu na época para divertir, mas, o seu tempo passou, foi encerrado. Se isso não ocorresse, com certeza, este blog não existiria. No fim de um ciclo inicia-se um novo.

Na vida, como na natureza, as coisas ocorrem da mesma maneira, não devemos “segurar” o momento, forçar a barra, tentar viver algo que não existe mais. Temos que dar espaço ao novo, o nascimento de uma nova fase, a continuação da vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira: Deixe de ser quem era e se transforme em quem é.” - Paulo Coelho

20 de setembro de 2008.

sábado, 13 de setembro de 2008

Presença


Às vezes, não precisamos estar ao lado de pessoas queridas para sentir a presença delas.

Em nossas viagens, na maioria das vezes, as fotos eram tiradas por mim, então, raramente eu aparecia com toda a turma. Na seção “Histórias da Rede” da edição nº 01 do “Berelando” (novembro de 2000), tem uma foto bastante particular. Era uma foto muito legal com o Russo, o Jorge e o Fábio, e foi a escolhida para ilustrar a história. Meus amigos achavam que como eu fazia parte da “Rede Berel” e estava naquela viagem eu deveria aparecer também. Para resolver o impasse, eu fui “adicionado” ao lado de meus amigos com recursos que a tecnologia oferece. Somente nós sabíamos da montagem daquela foto, ninguém suspeitou que fui adicionado a ela posteriormente.

Acho que, como nesta foto-montagem, às vezes não estamos fisicamente ao lado de nossos amigos, de nossa família, das pessoas que amamos, mas não há distância ou tempo que elimine a sensação de estar presente, de estar próximo e isso é o bastante para sentirmos bem, sentirmos que estamos amparados, que não estamos sozinhos.

13 de setembro de 2008.

sábado, 6 de setembro de 2008

Lembranças


É sempre agradável relembrar os bons momentos que tivemos na vida. Tenho feito muito disso aqui neste blog, recordando as edições do “Berelando...”.

É fato que relembrar bons momentos é fácil. Estamos sempre saudosos quando olhamos aquelas fotos de nossa formatura, daquela viagem fantástica, do dia do casamento, do nascimento dos filhos. Ficamos felizes e agradecemos a Deus por termos bons momentos para lembrar.

Algumas memórias tentamos esquecer.

Será que isso é o certo? Acho que lembranças ruins também são importantes. Não devemos esquecer o que foi ruim. Quando isso acontece damos a oportunidade para que ocorra novamente. Se eu esquecer os meus erros, a chance que eu os cometa de novo aumenta.

Eu não posso esquecer que genocídios ocorreram, que crianças passaram fome, que inocentes foram punidos, que o aquecimento global é real.

"Em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria." - Martha Medeiros

06 de setembro de 2008.

sábado, 30 de agosto de 2008

Sobre o amor


Na segunda edição do “Berelando...” (dezembro/2000), em um arrombo de criatividade, vinham em seqüência 3 matérias: É o amor..., É o amor... II e (adivinhe, se puder!) É o amor... III. Eram matérias que falavam de bodas, datas de casamentos já marcados e uma revelação de uma nova união na turma. É lógico que as três notícias poderiam ter sido incluídas em uma única matéria, mas, como forma de preencher espaços no periódico e, para aumentar a importância de cada casal, de cada história, achei melhor transformá-las em notas individuais, notas exclusivas.

Hoje, ao reler esta edição, comecei a pensar que muito da infelicidade que há no mundo é por falta de amor. Seria muito bom se, como no “Berelando...”, nós pudéssemos encher o mundo de amor, distribuir por colunas, espalhá-las por páginas, aumentar a importância de cada história de amor.

O amor, em sua forma mais pura, nos cura quando estamos esgotados, ele nos revigora para continuarmos nossa busca pela felicidade, o prêmio que todos nós temos direito

Esta semana, “passeando” por blogs que algumas almas do mundo escreveram, li uma citação de Lady Diana, princesa de Gales:

"Eu acho que a principal doença do mundo hoje é o fato de as pessoas se sentirem pouco amadas. Eu posso dar amor por um minuto, por meia hora, por um dia, um mês. Eu fico feliz com isso, e quero fazer isso. Não me chamem de ícone. Sou apenas uma mãe tentando ajudar".

Talvez, por ser privada deste sentimento em seu casamento, entendeu a importância e resolveu espalhá-lo ou talvez achou que havia no mundo muito espaço para ser preenchido.

30 de agosto de 2008.

sábado, 23 de agosto de 2008

Cores



Eu tenho um problema para identificar cores: sou daltônico. Algumas pessoas achavam que isso era um impedimento, que eu não conseguindo identificar certas tonalidades, eu não poderia trabalhar com ilustração, não teria parâmetro para combinar as cores, por exemplo.

Na época do "Berelando..." me perguntavam com eu sabia que cores usar nas edições. "- O meu micro me mostra 'por escrito' o nome das cores", era a minha resposta. Quando queria algo azul, simplesmente apontava para paleta de cores e instantaneamente aparecia o nome da cor pretendida.
Haviam algumas outras situações que atiçavam a curiosidade de meus amigos: "- Como você consegue dirigir automóveis, de que forma você identifica os semáforos?" A resposta era ainda mais simples: "- Ora, quando a luz de cima ou do meio acender eu paro, quando a debaixo estiver acesa, eu sigo!" É lógico que em algumas cidades como Curitiba, por exemplo, eu tive que adaptar este conceito.

Bem a vida é assim. Se encontramos um obstáculo pela frente, devemos encontrar formas de contorná-lo. Se algo for irreversível, teremos que nos adaptar, o que não podemos é nos conformarmos com os problemas que a vida nos traz e desta forma ficarmos paralisados.

Infelizmente, eu não consigo enxergar as sete cores do arco-íris, porém, isso não me impede de me sentir feliz ao vê-lo, mesmo incompleto.

23 de agosto de 2008.

sábado, 16 de agosto de 2008

Caminhos


No “Berelando...”, por várias vezes, foram citadas nossas viagens, passeios, encontros, eventos... O que ninguém sabia era que por trás de tudo isso sempre havia os imprevistos. Tínhamos o dom de nos perdermos, de pegar o caminho errado, de nos desviarmos pelo atalho ruim ou, simplesmente, surgia algum problema mecânico. Isso gerava alguns conflitos, pequenos estresses, sem falar nos atrasos para a diversão, mas, como no final tudo se acerta, dávamos um jeito de voltar à trilha correta e chegar ao nosso destino e aos nossos momentos de felicidade... até a hora de voltar...

Na vida também é assim. Às vezes vamos por um caminho e de repente encontramos uma bifurcação. "-Por qual caminho devemos ir?" Outras vezes queremos chegar mais rápido e vamos por um atalho. Às vezes, encontramos algumas pedras no caminho e paramos. Algumas vezes escolhemos o caminho errado, o atalho ruim e lá vem de novo nossos momentos de tristeza, de angústia, de frustração.

Nesses momentos devemos lembrar de nossos amigos beréis, reconhecer o erro, pegar o primeiro retorno e persistir no caminho certo, pois, no final desta estrada está a felicidade, a praia, o sol, a vida!

16 de agosto de 2008.

sábado, 9 de agosto de 2008

Milagres


Gosto muito de usar a expressão “milagre do dia-a-dia”. Algumas pessoas me perguntam o significado disso, o que quero dizer exatamente?

Geralmente, as pessoas, por sua influência religiosa/cristã tendem a interpretar milagre como uma intervenção divina, sendo um ato de salvar algo ou alguém. Algo extraordinário, maravilhoso, fora do comum, sem uma explicação científica...

Mas, se acordar todos os dias e viver o que a vida tem a oferecer, fazer escolhas, planos, aprender, ver o que acontece na natureza, o ciclo das águas, uma planta que brota do chão, uma mãe que dá a luz a um novo ser... se isso não for algo maravilhoso, um presente divino, eu realmente não sei o que é um milagre.

Albert Einstein uma vez disse: "- Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre”.

Eu vejo da segunda forma, sempre.

09 de agosto 2008.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Nota triste

Hoje estou triste. Infelizmente, a pequena Maria Eduarda faleceu. Estou aqui para agradecer a todos que oraram, que fizeram doações, que repassaram emails e dizer que nada foi em vão. Deus e esta criança sabem que fizeram o melhor que puderam. Quem já se organizou para fazer a doação, peço que mantenha seu plano, pois, com certeza, há outras pequenas Marias Eduardas necessitando deste ato de amor. Quem orou, peço mais uma oração, para aqueles que ficaram e peça que abranda suas dores, que tenham paz e luz.

Apesar do momento ser triste, gostaria de dizer que recebi vários emails solidários, de pessoas que fizeram orações, que agiram e fizeram correntes a fim de conseguir doadores. Me mostrou que o ser humano é fantástico e por mais difícil que seja a vida, estão sempre dispostos a ajudar quem precisa. Sou grato por me mostrarem isso.

Nesse blog, uma amiga me enviou uma oração para uma outra publicação (Ansiedade 07/06/08)e quero dividi-la com vocês agora:

"Que Deus me dê serenidade para aceitar as coisas que
não posso mudar, coragem para mudar as que posso
e sabedoria para distinguir umas das outras"

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Vamos salvar Maria Eduarda

Este blog começou quando assisti uma apresentação dos Paralamas e lembrei de uma amiga, a Hélia. Com seu jeito meigo, cheio de esperança, nos ensinou que fé e boa vontade fazem milagres acontecerem.

Hoje sou eu que venho, através deste blog, pedir a ajuda de vocês, meus amigos leitores, a salvar a sobrinha de Hélia, a Maria Eduarda. Uma criança com pouco mais de um ano de vida e que está internada no Hospital A. C. Camargo, o Hospital do Câncer. Ela precisa urgente de doadores de sangue e plaquetas.

Para se fazer a doação de sangue, apresente o nome completo da paciente, MARIA EDUARDA DOURADO DA COSTA, em um dos hospitais relacionados abaixo. Para se fazer doação de plaquetas, que um é processo parecido com o de hemodiálise, é preciso agendar antes.

PACIENTE : MARIA EDUARDA DOURADO DA COSTA
HOSPITAL A. C. CAMARGO ( próx. ao metrô vergueiro)
R. PROF. ANTONIO PRUDENTE, 211- LIBERDADE
SEG/ SEX 8H AS 18H
SÁBADO 8HAS17H
F: 2189-5000

PACIENTE : MARIA EDUARDA DOURADO DA COSTA
HOSPITAL EDMUNDO VASCONCELOS ( GASTROCLINICAS)
R. BORGES LAGOA , 1450 IBIRAPUERA
SEG/ SEX 8H AS 18H
SÁBADO 8HAS17H
F: 5080-4435

PACIENTE : MARIA EDUARDA DOURADO DA COSTA
HOSPITAL DO CORAÇÃO
R. ABÍLIO SOARES , 176 PARAÍSO
SEG/ SEX 8H AS 17H
F: 3053-6537

PACIENTE : MARIA EDUARDA DOURADO DA COSTA
HOSPITAL SÃO CRISTÓVÃO
R. TERRENAS, 161
SEG/ SEX 8H AS 17H
F: 2089-7222 OU 2080-1444

sábado, 2 de agosto de 2008

Entendimento

Aprendi com o “Berelando...” que, com idéias simples, um pouco de atitude e até com alguns erros (afinal, é errando que se aprende!), eu podia fazer meus amigos um pouco mais felizes. Percebi que essa alegria também me contagiava.

No milagre do dia-a-dia continuo aprendendo e, na elaboração e publicação deste blog, tenho tido algumas gratas surpresas.

Num comentário bem irreverente de uma amiga sobre a publicação "Insanidade", ela lembrou de uma conversa um tanto “etílica”, e serviu de inspiração para uma grande lição. “- De uma certa forma, somos todos ETs... Estamos por aqui de passagem, para aprender!

É! Nessa vida, uma parte de nós é entendimento, a outra, aprendizado.

02 de agosto de 2008.

sábado, 26 de julho de 2008

Alma


Algumas vezes eu ouvi a expressão “isso tem a alma do ‘Berelando...’”. Geralmente, queria dizer que tinha a alegria, a simplicidade e outras coisas que lembrava o periódico. Mas por que “alma”? Por que essa palavra?

Pesquisando a origem da palavra, descobri que é proveniente do latin, da palavra anǐma, que se refere ao princípio de dar movimento ou o que faz mover, desta palavra também vem “animador”, aquele de desenhos animados mesmo.

Se pensarmos num sentido filosófico ou religioso, podemos dizer que a alma é algo independente da matéria e que sobrevive à morte do corpo.

É bom pensar assim. O “Berelando...” não circula mais, porém sua mensagem, sua lembrança continua. Sua alma sobrevive. E vou sempre me lembrar que eu sou parte desta alma, ajudei a dar movimento (vida) a essa idéia.

26 de julho de 2008.

sábado, 19 de julho de 2008

Palavras


Acredito no poder das palavras. O “Berelando...” foi o laboratório que me deu a justificativa para afirmar isso.

Nas edições em que participei, tomava extremo cuidado em escolher as palavras, pois, do mesmo modo que ela cria heróis, trazem felicidade, demonstram amor, também podem destruir pessoas, atormentar almas, gerar ódio.

Dizem que através da palavra é que nos diferenciamos dos animais, mas, aprendi também que, por elas podemos nos transformar em monstros demoníacos.

Descobri que as palavras mais importantes são as menores: “sim”, “não”, “amor”, “Deus”... Elas são capazes de preencher espaços gigantescos. Dentre estas, “sim” e “não” são as que exigem mais cuidado ao se dizer. Não devemos dizer “sim” se o nosso coração diz “não” e vice-versa.

"Palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas os seus ecos são efetivamente infinitos”. - Madre Tereza de Calcutá

"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma”. - Fernando Pessoa


19 de Julho de 2008.

sábado, 12 de julho de 2008

Insanidade


Ontem recebi um link para o blog de uma amiga (http://rosasepalavras.blogspot.com/2008/07/insanidades.html), uma divertida crônica que falava da loucura.

Às vezes, eu me ponho a pensar: "- Esta vida parece loucura!". A vida é um mistério, se encontraremos a resposta para ele, sinceramente, eu não sei. Talvez, alguns encontrem.

Na época do "Berelando...", com certeza alguns me achavam, no mínimo, insano! Desperdiçar tempo e dinheiro com algo tão banal e que, talvez, ninguém nem prestasse atenção. Talvez, eu continue louco, afinal estou escrevendo este blog e não sei o que ele me trará.

É, essa vida é uma loucura! Vivendo o milagre do dia-a-dia, percebo que nem sempre somos capazes de prever as conseqüências de nossos atos. Às vezes fazemos coisas sem saber o por quê, talvez salvamos sem saber que estamos salvando, sofremos sem saber porque estamos tristes.

Sim, esta vida é uma loucura, mas, sábios são os que tomam consciência disso.

12 de julho de 2008.

sábado, 5 de julho de 2008

Tristeza


Como todo mundo eu tenho meus altos e baixos. Em alguns dias estou bem e todo mundo percebe isso, parece que irradiamos felicidade e contagiamos quem estiver por perto, em outros nem tanto. Não sei dizer o por quê dessas oscilações de humor. Algumas vezes até sei. Algo que deu errado em nossa vida, um relacionamento que se rompeu ou um que não aconteceu, uma decepção. 

 Na época do “Berelando...”, em meus dias ruins, achava que não conseguiria escrevê-lo. “Como vou transmitir algo bom se me sinto triste?”, pensava. Entretanto, por incrível que pareça, quando eu me sentava em frente ao micro, olhava minhas notas, pensava nas manchetes, na preparação do lead, aos poucos meu humor ia melhorando, e se, durante esse processo, eu percebesse que o informativo levaria algo de bom para alguém, eu pulava de uma noite de inverno para um dia ensolarado de primavera. 

Foi mais uma lição que aprendi. Quando estou triste, tenho noção de como esse sentimento é ruim e não quero que ninguém se sinta assim, então, tento fazer coisas que alegrem as pessoas ao meu redor, que seja um rosto desconhecido na multidão, pois, alegria é contagiante e, aos poucos, vou saindo da escuridão para o dia ensolarado. 

Ao iluminar o caminho de outra pessoa, a luz de tua lanterna iluminará o teu próprio caminho”. Nichiren Daishonin. 05 de julho de 2008.

sábado, 28 de junho de 2008

Violência


Às vezes tenho medo de ver o noticiário. Pais que assassinam filhos, filhos que matam os pais, homicídios por incidentes de trânsito, batalhas de sangue por causa de uma partida de futebol, avô que engravida neta, irmão que trai irmão. O que está acontecendo? Onde estão os valores (sejam eles cristãos, islâmicos, judaicos, budistas ou simplesmente familiares)? Quem são os culpados? Quem são às vítimas?

Na edição de Abril de 2001 do "Berelando...", meu amigo José Queiroz fez estas mesmas perguntas em seu artigo “DIGA NÃO (DE VERDADE) À VIOLÊNCIA” e foi um pouco mais além:

“... perceberemos que não só somos vítimas, mas também vitimamos alguém quase toda hora.... sempre que eu deixar de ensinar o meu filho a respeitar os outros, ..., eu estarei permitindo que se cometa uma violência, sempre que eu tocar a buzina do meu carro atrás do motorista que demorou 0,05s para avançar no semáforo, sempre que chamar a atenção do meu filho mais violentamente diante de estranhos ou até mesmo no meio da rua, sempre que eu avançar sobre a faixa de pedestres, se eu buzinar ao lado de hospitais, se atirar sujeira na rua, se deixar de cumprimentar um estranho (estranho como, se são todos filhos de DEUS?), se permitir que alguém sofra com minhas atitudes (ação) ou falta delas (omissão) e tantas outras coisinhas aparentemente simples e ‘toleráveis’ eu estarei cometendo atos violentos e colaborando para a disseminação da violência. ...”

Para refletir:

"Uma das grandes virtudes do homem é saber tolerar." Pensamento judaico.

"Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei; não há amor maior do que dar a sua própria vida aos seus amigos." – Jesus Cristo

"O mais forte é aquele que sabe dominar-se na hora da cólera” – Maomé

"Eu sou o resultado de meus próprios atos, herdeiro de meus próprios atos; os atos são meu parentesco; os atos recaem sobre mim; qualquer ato que eu realize, bom ou mal, eu dele herdarei." - Siddharta Gautama (Buda)

28 de junho de 2008.

sábado, 21 de junho de 2008

Preenchendo lacunas

Hoje estou cansado. No primeiro número, uma edição “piloto”, teve alguns espaços em brancos, que preenchi com histórias que enalteciam valores humanistas, que faziam refletir sobre a vida, porém, sempre preferi textos que tinha como principal característica a simplicidade. Acho que as coisas mais belas são as simples, as que fazem as crianças sorrirem. Quer algo mais belo que o sorriso de uma criança?

Hoje vou transcrever uma história que li e que expressa o que eu disse acima:

Nossa Senhora, com o menino Jesus em seus braços, desceu à Terra e visitou um mosteiro.

Orgulhosos, os padres fizeram fila para homenageá-la; um declamou poemas, outro mostrou iluminuras que fizera para a Bíblia, um terceiro recitou nome de santos.

No final da fila estava um padre humilde, que não tivera chance de aprender com os sábios da época devido a sua infância humilde que tivera com seus pais, artistas de circo. Quando chegou sua vez, os monges quiseram encerrar as homenagens pois tinham medo que ele comprometesse a imagem do mosteiro.

Porém, ele queria mostrar o seu amor pela Virgem e, envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos irmãos, tirou do bolso algumas laranjas e fez malabarismos que havia aprendido com os pais.

Neste instante, o Menino Jesus sorriu e bateu palmas de alegria. Só para ele a Virgem estendeu os braços, deixando que segurasse um pouco seu filho
”.

21 de junho de 2008.

sábado, 14 de junho de 2008

Intensidade


Hoje, passados sete anos, me conformei com a curta duração do “Berelando...”. A partir do instante mágico em 17 de outubro 2007 foram sete edições. Cada uma feita com um carinho peculiar e sinto orgulho de todas elas. Sei que, em cada notinha, cada palavra, dei o melhor de mim. Talvez, por isso, ele é ainda lembrado por nossos antigos leitores.

Às vezes, ficamos tão ansiosos com as coisas que queremos fazer, posições que queremos alcançar, lugares que queremos chegar e esquecemos de nossas conquistas do dia-a-dia. Ou pior, temos a impressão que nossas conquistas e feitos não duraram o tempo suficiente ou não foram grandes o bastante, e, de novo, vem a frustração.

Navegando pela Internet hoje pela manhã, dei de cara com esta citação atribuída ao poeta português Fernando Pessoa (digo atribuída por que há controvérsias, apesar dele ter vários heterônimos)

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.

Não preciso dizer mais nada.

14 de junho de 2008.

sábado, 7 de junho de 2008

Ansiedade

Algumas vezes sentíamos uma ansiedade exagerada em concluir o “Berelando...”. Percebíamos a proximidade da data-limite para a conclusão e não havíamos nem decidido a pauta. Apesar da ansiedade ser leve, ela era totalmente desnecessária, porque, na hora certa, o periódico estava fechado (é lógico que tinha alguns erros, mas, como iríamos fazer piada em nossas erratas se não os cometêssemos!).

Hoje em dia a ansiedade é o grande problema do planeta. São tantas coisas que acontecem, tanto por fazer, tanto por preocuparmos que chegamos ao colapso. Também sou assim, mas, aprendi que, como no “Berelando...”, no final as coisas se resolvem. Se ficarmos somente vivendo a ansiedade da busca, do controle, não conseguiremos chegar ao fim, à conclusão, ao término. Nos sobram as unhas roídas, as olheiras das noites mal dormidas, nossos problemas intestinais e o pior, a sensação de vazio.

Deixemos que a vida flua e que nessa fluidez, encontremos o caminho certo, a decisão certa, o momento exato. Coisas que são impossíveis de encontrar no turbilhão que é a ansiedade.

07 de junho de 2008.

sábado, 31 de maio de 2008

Mitos


Em nossas edições escrevemos sobre alguns “mitos” modernos. Pessoas que, com seu carisma e talento, encantaram gerações (e continuam encantando outras). Escrevemos sobre Airton Senna, John Lennon, Elvis Presley, Bob Marley, Elis Regina e Cazuza. Todos eles, em seu tempo, fizeram coisas incríveis, romperam estruturas, desafiaram paradigmas, mostraram, através de sua arte e coragem, coisas que nós, simples mortais, gostaríamos de ter realizado. Assim, desta maneira, os transformamos em heróis, em mitos, algo mais para a fantasia do que para a realidade.

Todas essas pessoas especiais trouxeram algo de bom para o mundo ou, pelo menos para nós, brasileiros, não nego, mas, há tantos heróis anônimos entre nós, que não aparecem na TV ou nas revistas, mas realizam coisas incríveis.

São aquelas mães que acordam 4h00 da manhã para preparar as coisas para o dia de seu filho antes de ir para trabalho e vão dormir à meia-noite, depois de concluírem seus afazeres domésticos. Pais que trabalham dois turnos para suprir sua família. Esposas que aguentam o mau humor de seus maridos cansados do trabalho e ainda dão o apoio necessário para que eles suportem a luta do dia-a-dia. Bem, estes são somente os exemplos clássicos, mas, parem e observem, quantas pessoas assim vocês conhecem? Bem, eu conheço algumas. São os meus heróis.

31 de maio de 2008.

sábado, 24 de maio de 2008

Dores


Nem tudo eram flores no “Berelando...”. Por duas vezes anunciamos a perda de amigos. Perdas trágicas e que nos trouxeram a pior das dores, a que não é física, mas, a dor que vem da alma.

Em alguns momentos de nossa vida passamos por isto. Sofremos por perder alguém, por se sentir sozinho, por se sentir incompreendido, por estar longe dos que amamos, por achar que o tempo está passando e não nos acertamos na vida, por sentir medo (veja o blog do meu amigo Rubens: http://tudo1pouco.zip.net/ - “eu sinto medo”). Acho que não podemos evitar este momento, entretanto, devemos ter consciência que estas dores que sentimos é a prova de que estamos vivos e, por estarmos vivos, temos que superá-las ou lutar por isso. A vida é assim, às vezes estamos bem outras não. O que não podemos sentir é a indiferença: não sentir nem dores, nem alegrias só a indiferença, talvez, isso seja o fim.

Todos nós temos uma missão nesta vida e, com certeza, não nascemos para sofrer.

24 de maio de 2008.

sábado, 17 de maio de 2008

Escolhas


Todo mês tínhamos que fazer escolhas para a nova publicação. O que escrever, que foto usar, se teria um artigo ou não, quem escreveria uma história etc. Para decidir, havia a reunião de pauta (se é que podia se chamar de reunião, parecia mais uma festa!), eram votados os prós e contras, e, no final, eram feitas as escolhas.

Fazemos milhares de escolhas todos os dias, na maioria das vezes inconscientemente. Ao acordar decidimos se levantaremos para o trabalho ou se voltamos a dormir, se vestiremos uma roupa de cor azul ou verde etc. Algumas escolhas são difíceis. Podem nos paralisar. Ai que está o perigo.

Nem sempre é possível reunir um grupo para decidir os caminhos da nossa vida. Temos que correr os riscos sozinhos, seguir por certos caminhos e abandonar outros, mas, nunca deixar se paralisar. De hoje em diante, ao acordar podemos a fazer a seguinte escolha: Hoje serei feliz ou, hoje será mais um dia triste. Bem, eu já fiz a minha escolha.

17 de maio de 2008.

terça-feira, 13 de maio de 2008

1.000 Acessos


Sobre o Berelando..., em um pouco mais de 2 meses atingiu a marca de 1.000 acessos.

Confesso que superou minha expectativa o que me levou a quebrar o rotina e escrever no meio da semana.

Quero agradecer a todos que leram este blog, fizeram comentários, enviaram email, enfim, que deram vida a este projeto. Espero que tenham tido tanto prazer em lê-lo quanto eu em escrevê-lo.
MUITO OBRIGADO!

Um grande abraço, uma ótima semana e feliz vida a todos!

13 de maio de 2008.

sábado, 10 de maio de 2008

Instantes mágicos


Li no blog de uma amiga (http://jaqline.spaces.live.com/blog/) sobre instantes mágicos: momentos em que um “sim” ou um “não” podem mudar nossa vida (ou a de outros). Isso me levou a pensar no momento em que idealizei o “Berelando...”. De repente tive a vontade de iniciar o informativo e assim o fiz. Isso poderia ter sido só um pensamento, que teria passado se eu não o tivesse aproveitado. Bem, é lógico que não “revolucionou” a minha vida nem a de ninguém, mas fez com que acontecesse muita coisa legal, coisas das quais me orgulho. Este deve ter sido um desses “instantes mágicos”.

Todos os dias devem ocorrer vários destes momentos, mas, simplesmente deixamos eles passarem e no final do dia ficamos com a sensação de vazio, de que podíamos ter feito algo bom e não fizemos. Ficamos melancólicos.

Aprendi. Sempre que tiver vontade de fazer algo bom eu o farei. Mandarei uma mensagem bonita para um amigo, enviarei uma música, escreverei só pra desejar bom dia e não me importarei se fiz a coisa certa ou não, neste Universo deve ter algo que nos levou a ter tais vontades, devemos agir, o Universo deve esperar algum efeito deste ato.

10 de maio de 2008.

sábado, 3 de maio de 2008

Aniversários


Hoje é o meu aniversário.

É estranho, nunca falei sobre isso. No “Berelando...”, sai antes da edição de maio.

Confesso que não me sinto muito à vontade com a data, mas não é nada de mais. Nada relacionada a frustração, vaidade, timidez etc. Simplesmente não vejo o meu aniversário como um dia especial, muitas vezes o esqueço completamente até ser lembrado por um amigo ao telefone. Engraçado, mais é verdade.

Entretanto, tenho plena consciência que recebo o meu presente todos os dias: A força que me faz levantar pela manhã e me motiva ir à luta; a certeza de ter amigos, que lembrem ou não a data do meu aniversário, mas que se lembram de mim; e a vontade de evoluir cada vez mais como ser humano, reconhecendo meus fracassos, minhas vitórias e saber que tudo isso faz parte de minha história e que não posso ignorá-las.

Um dia você aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou." (William Shakespeare)

A propósito, aos mais curiosos, hoje completo 40 anos.

03 de maio de 2008.

sábado, 26 de abril de 2008

Pensamentos


Na época do “Berelando...” eu sentia um prazer imenso em produzi-lo. Isso se dava em todas as fases: da escolha das pautas, no desenvolvimento dos textos, no acabamento final – sempre corrido, é verdade – e na última etapa, quando o entregávamos aos leitores.

Não entendia muito esta felicidade. É certo que o ato de concluir algo é sempre agradável, mas havia algo mais que eu ainda não havia entendido.

O entendimento chegou com a publicação deste blog e, como sempre, era algo de uma simplicidade explícita, mas, que eu fui incapaz de perceber na época.

Numa destas publicações neste blog, uma amiga me escreveu: “- É muito gratificante compartilhar pensamentos e sentimentos. É deixá-los livres.”

Entendi de onde vinha a felicidade. Era por compartilhar o que eu sentia com os leitores. Era por libertar meus pensamentos e fazê-los chegarem a outras pessoas. Descobri que repartir alegrias é como espalhar perfume, algumas gotas sempre acabam por cair em nós mesmos!

Obrigado Diana, por me mostrar mais essa lição.

26 de abril de 2008.

sábado, 19 de abril de 2008

Faça a coisa certa


Por mais despretensioso que fosse o “Berelando...” - posso dizer até que era bastante ingênuo - tendo como única finalidade ser divertido, nem sempre agradava a todos. Isto era bastante raro, mas acontecia. Então tentávamos fazê-lo o melhor possível na edição seguinte.

Não acho isso ruim. Cada um tem o direito de gostar ou não do que quiser. Sou bastante democrático e críticas são sempre bem vindas, pois nos ajudam a melhorar, ditam rumos a seguir ou trazem-nos de volta ao chão.

Na vida também ocorre isso, só que com uma freqüência muito maior e motivos às vezes torpes. Por mais que nos esforcemos, parece que sempre há alguém para nos derrubar, puxar o nosso tapete, criticar simplesmente por criticar, mas isso não pode nos impedir de continuar.

O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. A vida é assim, não há como mudar, mas não podemos desistir de fazê-lo. Eu procuro sempre fazer a coisa certa o melhor possível, sem me importar se alguém irá reconhecer ou criticar, porque aprendi que no final das contas isso será (sempre) entre mim e minha consciência, ou, se preferirem, entre mim e Deus.

19 de abril de 2008.

sábado, 12 de abril de 2008

Vislumbrar o horizonte


Nos primeiros números meus amigos me perguntavam: “O que iremos escrever? – Não há nada de interessante neste fato...”.

Sempre há algo para se dizer!” era a minha resposta. Não podemos olhar somente o fato. Temos que ir além dele - e, às vezes, antes também.

Responder as perguntas: “Quem” fez o fato, “quando”, “como”, “onde”, “por quê”, e o quê irá ocorrer depois. Pronto, já existe uma matéria, é só colocar o seu estilo e técnica.

Chamo isso de vislumbrar o horizonte.

Em alguns momentos de nossas vidas, ocorre de sentirmos agoniados por causa de um problema. Ficamos ali, remoendo, sofrendo, olhando somente para o nosso umbigo e se sentindo a pior de todas as pessoas. Esquecemos de olhar em volta, ver o que fizemos para estar sofrendo, o por quê e, o pior, como resolvê-lo. À nossa volta há pessoas que passaram pelos mesmos problemas e os solucionaram ou, há aquelas com problemas piores mas não desistem, vão à luta, vislumbram o horizonte.

Alguns podem até te perguntar: “O horizonte sempre está tão longe, a cada dois passos que se dá em sua direção ele estará dois passos mais distante, então, por que você sempre o procura”?

A resposta: Para continuar caminhando.

(“O caminho se faz com o andar” – Jaq.)

12 de abril de 2008.

sábado, 5 de abril de 2008

Feedback


Feedback. Este é um termo usado em várias áreas: engenharia, psicologia, biologia... Em comunicação também é bastante empregada. Traduzindo ao pé da letra quer dizer “retroalimentação” ou realimentação. É, além de complicado, é meio chato de explicar. Mas isso acontecia com a gente no “Berelando...”. Muito do que escrevíamos vinha de nossos leitores. Eles eram a motivação, o assunto e a razão da existência da edição.

Quanto mais alegria tentávamos passar para os leitores, mais satisfação recebíamos de volta. Éramos o alimento, o meio de entrega e, ao mesmo tempo, éramos “alimentados” de volta num ciclo constante.

Acho que a vida é assim, recebemos dela tudo aquilo que damos.

05 de abril de 2008.

sábado, 29 de março de 2008

Dificuldades


Era muito fácil escrever o Berelando... . Era algo que dava prazer, nos satisfazia, nos alegrava.

Passávamos semanas “capturando” assuntos para serem abordados, lista de aniversariantes, eventos ocorridos e a ocorrer. Eram selecionadas algumas fotos e depois era só juntar tudo e concluir o novo número.

Pena que nem tudo é fácil assim de se fazer. Há coisas tão difíceis de concluir que nos aflige. É sempre um martírio ter que enfrentá-las. Nos tira o sono.

Uma amiga me disse:

"- Às vezes as noites são longas... bem maiores do que gostaríamos que fossem... mas acredite, Querido Amigo, o sol sempre estará lá ao amanhecer!"

Eu acredito nela.

Dedicado a um de meus anjos da guarda, Marijane. Obrigado pela inspiração.

29 de março de 2008.

sábado, 22 de março de 2008

Realização


No início não houve planejamento, estudos mercadológicos, pesquisas... Só uma idéia que resolvi por em prática.

Sentei em frente ao computador e comecei escrever. Depois formatei, coloquei uma foto, algumas ilustrações, dei um nome. Percebi que havia alguns espaços em brancos que preenchi seguindo modelos já existentes: passatempos, humor.

Imprimi e mandei por correio para algumas pessoas e recebi, quase de imediato, o retorno: Elogios e até agradecimentos.

Acredito que todos têm este poder de realização. É só pô-lo em prática e trazer tudo que é bom e verdadeiro para a sua vida.

"Os pequenos atos que se executam são melhores que todos aqueles grandes que se planejam”. (George C. Marshall)

22 de março de 2008.

sábado, 15 de março de 2008

Simplicidade

Nossos leitores gostavam do “Berelando...” porque era simples. Talvez a pretensão fosse algo mais elevado, com conteúdo social e ético, mas, em nossas linhas escrevíamos a simplicidade.

Nos dias atuais, tentamos provar a todos que somos cultos, que entendemos de arte, que sabemos o que é bom ou ruim. Seguimos paradigmas feitos por tantos outros cultos, letrados, filósofos etc. Mas isto nos deixa realmente satisfeitos? Somos sinceros com nós mesmos?

Em uma edição do “Berelando...” resolvi fazer uma enquete com as músicas que não podiam faltar numa festa. Em minha mente, cheia de preconceitos, imaginei uma lista de clássicos do rock, de músicas que se tornaram hinos de uma geração. Imaginei The Doors, Bob Dylan, Zeppelin (Claro que imaginei Beatles e Stones também, afinal também gosto de diversão). Confesso que fiquei surpreso quando apareceram entre as mais votadas – e muito bem votadas - Dancing Queen (ABBA), Staying alive (Bee Gees), Grease (Olivia Newton-John & John Travolta), YMCA (Village People) entre outras.

Depois refleti. É muito bom ter conhecimento, mas o que conta mesmo são as coisas simples da vida, o que nos diverte, o que nos faz relaxar, o que nos faz mais feliz.

15 de março de 2008.

sábado, 8 de março de 2008

Erros


Se havia uma coluna com presença garantida em nossas edições esta era a “MANCADAS”, na qual apresentávamos e corrigíamos nossos erros. Não eram poucos, alguns hilários.

Na ânsia de concluir o tão esperado exemplar do “Berelando...” às vezes cometíamos erros, esquecíamos detalhes, escrevíamos algumas gafes paquidérmicas, mas, sempre com muito humor, nos redimíamos na edição seguinte.

Acho que a vida é isso: erros e acertos. Acertar é bom, mas os erros são sempre bem-vindos, pois nos mostram lições, aprendemos com eles (ou pelo menos deveríamos).

Algumas vezes em nossas vidas precisamos tomar decisões difíceis, decisões que não conseguimos tomar de forma lógica e racional, o medo de errar é sempre muito grande. Precisamos apelar para o coração. Freqüentemente tenho que tomar decisões assim e sigo o meu coração.

Aprendi que, quando tomamos uma decisão seguindo o coração, na maioria das vezes acertamos, porém, naquelas poucas que erramos, não há arrependimentos ou remorsos.

08 de março de 2008.

sábado, 1 de março de 2008

Lições


Já não me lembro quando foi que começou. Me lembro da ocasião, uma eleição para eleger um presidente; dois candidatos: Fábio e Jorge, um vencedor que tinha em seu bolso uma lista de “cargos”, um destes concedidos a mim: Diretor de Comunicação. Na hora parecia engraçado para quem estava presente, ganhadores e perdedores, era só um pouco de nhénhénhém, mas eu levei a sério e, no dia seguinte, um domingo, iniciei o meu projeto. O Berelando...

Foram alguns números, muitas histórias e algumas lições. Tem uma que sempre me lembro e, talvez, a que eu mais gosto. Uma nota sobre o acidente e o estado do cantor Herbert Vianna, vocalista do Paralamas. Recebíamos cartas e e-mails dos amigos. Uma desses amigos, a Hélia, pediu para que escrevêssemos sobre Herbert e, mais do que informar, pedir em oração a melhora do cantor, algo que na época parecia impossível. Aceitamos o pedido e escrevemos. Passaram-se 7 anos e me emociono sempre que vejo as apresentações dos Paralamas, um milagre em atividade, um exemplo a seguir e a certeza que não podemos perder a esperança... nunca!

Obrigado Hélia por essa lição.

01 de março de 2008.